O heroico americano protetor dos fracos e oprimidos.
te. Não sei se ele conta, já que detesta o Clint Eastwood. Eu gosto do Clint. Ou melhor: tem muita coisa dele que adoro (Imperdoáveis, Pontes de Madison), coisas que gosto (A Troca, Menina de Ouro, Sobre Meninos e Lobos), e coisas que não engulo (Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal, e desculpa aí, mas não consigo gostar de Bird). O sujeito é um dos ícones do cinema, não dá pra negar. O que pra mim soa estranho é ver tanta gente lamentando que o Clint esteja se aposentando sem ter recebido um Oscar de melhor ator. Hmm, o Clint é perfeito no que faz, mas o negócio é que ele faz apenas um papel. É super limitado. É como achar o Woody Allen um excelente ator. É como querer dar o Oscar ao Stallone por Rocky: ele esteve ideal no papel, mas desafio que alguém s
e manifeste e diga “Puxa, o Stalla é um ator maravilhoso”. Porque não é, não são, e o alcance interpretativo de um Clint e de um Stalla não fica tão longe. Então fico bastante feliz que o Clint não tenha sido indicado ao Oscar por Gran.
Simplesmente Feliz e sair andando por aí. Eta sujeito macabro! Ele invoca com seus vizinhos Hmong (uma etnia asiática) e não se dá bem com ninguém, até que faz algum tipo de amizade com um rapaz e uma garota, adolescentes Hmong. Olha, o filme é bem feito e fácil de assistir, e não é preciso gostar do Walt pra gostar de Gran. Mas há uns probleminhas ideológicos sérios. Primeiro, todo o oba-oba de como o tradicionalismo (leia-se conservadorismo) americano é algo positivo. Numa cen
a péssima, a moça diz a Walt que ele é um bom modelo pro seu irmão e compara Walt ao seu pai. Walt seria melhor que seu pai por ser americano, afirma ela. Meus sais! Segundo, o filme apresenta várias questões de gênero, e puxa a sardinha pro lado reacionário. Gran dá razão a Walt por querer ensinar ao rapaz o que é ser homem. Pelos exemplos que vemos, parece ser detestável ser homem, mas o filme não critica isso. E ele es
tá ocupado demais falando dos personagens machos pra se concentrar na menina. A adolescente Hmong é barbaramente estuprada e espancada por uma gangue, mas o filme indica que isso dói muito mais no seu irmão e em Walt do que nela. Mulheres são coadjuvantes até na dor do seu próprio estupro, vê se pode!
a mim.