Desafio externo - EDITORIAL FOLHA DE SP
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FOLHA DE SP - 31/01

Deficit recorde em 2013 reforça necessidade de o governo agir logo para deixar o país em posição melhor no novo contexto global

O Brasil registrou em 2013 o maior deficit externo de sua história e, pela primeira vez desde 2001, o buraco não foi coberto pelos investimentos estrangeiros diretos em empresas do país.

Além disso, o saldo negativo de US$ 81,4 bilhões nas transações correntes (que levam em conta o resultado da balança comercial e a diferença entre receitas e remessas de juros, lucros, royalties, viagens internacionais e outros serviços) foi 50% maior que o de 2012.

Em geral, economias em crescimento acelerado elevam a absorção de bens e serviços importados, e o aumento do deficit externo surge como contrapartida da expansão do PIB. Como é óbvio, este não é o caso brasileiro.

Reforçam-se, com isso, dois motivos de inquietação. De um lado, são evidentes os problemas de competitividade enfrentados pelos produtos nacionais, que perdem mercado aqui e no exterior. De outro, parece ter chegado ao fim o ciclo que permitiu ao país acumular US$ 375 bilhões em reservas internacionais em poucos anos.

Na última década, por exemplo, a voraz demanda chinesa por matérias-primas propiciou saldos comerciais extraordinários. Dessa forma, o país conseguiu reduzir sua elevada dívida externa, que trazia instabilidade cambial e impunha restrições ao crescimento.

Menos suscetível à fuga de capitais e tendo o governo se tornado credor em moeda estrangeira, o Brasil ganhou maior autonomia na gestão econômica, os juros caíram e o crescimento se acelerou.

Mas esse ambiente global favorável tem mudado desde 2011, e o governo não atualizou seu plano. O Banco Central espera que a retomada internacional e o real mais barato venham a impulsionar as exportações e a conter alguns gastos, como em viagens ao exterior. Nesse cenário, o deficit na conta corrente poderia se estabilizar.

É possível, mas a situação parece mais preocupante. O país se desconectou das cadeias globais de produção; as vendas externas de bens industrializados estão estagnadas. O real mais barato não restaurará a pujança em pouco tempo, e os preços das exportações, menores, não ajudarão muito.

Além disso, a recuperação do mundo desenvolvido pode levar ao encarecimento de produtos industriais mais sofisticados que o Brasil importa. O saldo negativo nesse setor já beira os US$ 100 bilhões.

Anuncia-se, pois, um período de escassez de moeda estrangeira, com alta probabilidade de que o real continue se desvalorizando. As consequências serão maior pressão inflacionária, juros mais altos e dificuldade de o Brasil crescer a um ritmo decente --pelo menos enquanto o governo não acordar para a necessidade de ajustar o país ao novo contexto global.




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