Com quase uma semana de atraso, queria pedir a vocês para comentarem o ridículo, tosco, idiotizante artigo de um tal de Luiz Felipe Pondé, publicado na Folha de SP. Eu fico pasma que a velha mídia dê espaço para colunistas preconceituosos destilarem suas ideias ultrapassadas. Não dá pra ter um só colunista com uma mente um pouquinho mais aberta, não? Pelo jeito, não. Os jornais, tão pluralistas e democráticos, parecem contratar gente que vai seguir à risca a linha editorial dos patrões. Não há divergências. Quer ver diversidade? Pra isso existe a blogosfera, que não permite mais que a velha mídia forme opiniões. Agora, tudo pode ser contestado. Não nas páginas dos jornais, mas nos blogs, na caixa de comentários dos blogs, até no twitter.
la o seu nojo por pelos. Não os dele, e sim aqueles nos corpos das mulheres. Tem tanta coisa errada com o artigo que fico com preguiça de comentá-lo, e peço a ajuda de vocês. Considero que um cara como o Pondé seja um caso perdido. Ele sabe que é machista e faz seu marketing em cima disso. É dessa forma que consegue atrair alguma atenção. Dei uma olhada rápida em outros artigos que ele publicou, e a temática é sempre a mesma: atacar o que ele chama de “grupos militantes da sociedade que só atrapalham (de propósito) a já conturbada vida contemporânea entre homens e mulheres”.
ssem transar o quanto quisessem por aí e que isso fosse visto como uma grande coisa, enquanto que pra mim havia expressões que me julgavam como vadia, galinha, piranha etc – e que existem até hoje. Reproduzo um trecho do artigo do Pondé sobre as pulseirinhas: “Mães de 50 anos se deliciam em vender a imagem de si mesmas como máquinas de sexo. Na realidade, no silêncio de seu quarto escuro, são umas invejosas, que queriam ser como suas filhas: mulheres fáceis”. Pra ele, “mulher fácil é mulher barata”. Isso, continua colocando preço no sexo, como se mulher não gostasse de sexo – a gente só o vende.
ram da pesquisa que mencionei, que apontava que a vasta maioria d@s brasileir@s apoia direitos iguais e igualdade de gênero? E muitas de vocês disseram que uma coisa é a teoria, outra, a prática? Então. Acredito que a maior parte do pessoal não quer ser atrasado. Não quer ser identificado como sexista, racista, homofóbico etc. E que esse pessoal muitas vezes não sabe que está sendo preconceituoso. Quando a gente aponta prum homem que ele tá sendo machista, a primeira reação geralmente é: “Não pode ser! Eu tenho mãe! Sou casado com uma mulher! Tenho amiga mulher! Adoro mulher! Não posso ser machista!”. Esse sujeito não sabe que o que faz alguém preconceituoso ou não é justamente o que ele diz, e como ele age. Se suas ações e seu discurso for preconceituoso, pronto, você é preconceituoso. Não quer ser considerado preconceituoso? Simples: mude seu comportamente e suas palavras.
ue tem boas intenções, que quer mudar, o que há de errado com o artigo do Pondé. Tirando a ignorância suprema do cara não saber que Ann Coulter é uma das maiores representantes da direita americana. Tipo um tio Rei de saias. Ou que Phyllis Schafly, outra reaça, fez sua carreira pregando que o lugar da mulher é ao lado do seu homem, em casa, cuidando da prole. Essas são as mulheres que Pondé aprova!