Estudantes dão uma surra em Alckmin
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Estudantes dão uma surra em Alckmin


Por Altamiro Borges

Sem qualquer transparência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tentou impor o seu projeto de "reorganização escolar" em São Paulo, que resultaria no fechamento de 93 escolas e afetaria mais de 311 mil estudantes. Ele já havia tratado como "ultrassecretos" os documentos do Metrô, talvez para esconder as sujeiras do "trensalão tucano"; já havia tornado "sigilosos" os documentos sobre a grave crise da água no Estado; e até manipulou os dados sobre as chacinas policiais, omitindo os cadáveres. Em todos estes casos escabrosos, ele contou com a cumplicidade da Justiça e a blindagem da mídia. O mesmo, porém, não ocorreu na sua truculenta tentativa de impor a "reorganização escolar". A bela revolta dos estudantes secundaristas tirou, por completo, a máscara do "picolé de chuchu".

Neste sábado, o próprio Geraldo Alckmin foi obrigado a reconhecer o seu desgaste com as ocupações das escolas em todo o Estado. Em reportagem do jornal O Globo neste sábado (21), "o governador de São Paulo reconheceu que 74 escolas estão ocupadas por estudantes e movimentos sociais". Ou seja, o truculento tucano acusou a surra! Numa manobra infantil, o seu secretário de Educação, Herman Voorwald, até tentou esvaziar a mobilização na semana passada. Ele prometeu reavaliar o projeto, mas desde que os alunos desocupassem as escolas. Numa prova de combatividade, os estudantes não caíram na armadilha e mantiveram e até ampliaram as ocupações neste final de semana.

Diante da corajosa decisão, o governador agora dá sinais de fraqueza e já reconhece a força da revolta juvenil. O envio de tropas da Polícia Militar para várias escolas e o uso da repressão não intimidaram os alunos. As manobras diversionistas também não deram resultados. O tucano Geraldo Alckmin, que sonha em ser presidente da República, não contava com esta revolta para quebrar a sua blindagem. A tendência é que o movimento cresça ainda mais nas próximas semanas. O truculento governador tem duas opções: assumir de vez a derrota, recuando no seu projeto destrutivo, ou apostar na violência. Outro tucano, o paranaense Beto Richa, apostou na segunda alternativa contra a greve de professores e hoje está "morto" politicamente, com total descrédito na sociedade.

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