- Você, Hancock. Eu, Hellboy. Dois, ainda por cima.
ellboy e, pra ser sincera, não tenho muita vontade. Mas é que a importância do seu diretor, o mexicano Guillermo del Toro, mudou bastante de 2004 pra cá, desde que ele levou vários Oscars por O Labirinto do Fauno. Adorei Labirinto (não escrevi crítica porque só o vi em dvd, muito depois de ter passado no cinema), mas li que o Del Toro tá filmando Hobbit, então talvez eu precise começar a manter uma distância segura. Talvez eu veja Hellboy no Brasil, quando ele estrear, em 5 de setembro. Não tenho certeza. Mas aqui nos EUA, em que Hancock ultrapassou os cem milhões de dólares no fim de semana passado (a melhor estréia prum arrasa-quarteirão do Will Smith), espera-se que, com Hellboy 2, os lucros de Hancock caiam mais de 50% (bom, isso e a propaganda boca a boca, que não é lá muito positiva). Mas quer uma verdade? Tá todo mundo ansioso mesmo é pra ver O Cavaleiro das Trevas, que chega semana que vem.
- Toc, Toc. Ainda tem alguém em casa?
Outra estréia nos EUA é Meet Dave (que se chamará O Grande Dave quando desembarcar no Brasil, dia 8 de agos
to). Pelo que entendi, é sobre uma espaçonave em forma de Eddie Murphy, comandada internamente por um Eddie em miniatura. Mais de meio Eddie já é demais pra mim, mas tem crítico dizendo que é a comédia menos dolorosa do sujeito em muitos anos. Não sei se isso é um elogio. A julgar pela crítica americana, pelo menos não é um novo Norbit, graças aos céus. O que não quer dizer que eu chegarei a dois metros do cinema onde Dave estiver passando. Às vezes eu fico pensando sobre quanto tempo de carreira o Eddie ainda tem. Tipo: depois de quantos filmes péssimos o público pára de comparecer às salas? Mas, enquanto houver um monte de gente que acha hilário O Professor Aloprado 2 – vencedor do meu Troféu Cocô de Hamster Gigante -, o Eddie parece ter algum futuro.
- Parece ser tão bom como ir ao dentista.
Quem
deve ter um desempenho superior ao de Dave é Viagem ao Centro da Terra, com o Brendan Fraser. Será que o mundo está pronto pra duas aventuras com o Brendan no mesmo verão? (Múmia 3 chega daqui a poucas semanas). Pode até ser que eu faça uma sessão dupla no próximo final de semana e encare Viagem junto com Cavaleiro. Agora estou ocupada. Amanhã quero ver no cinema do museu aqui pertinho a matinê do clássico de 1954 O Monstro da Lagoa Negra (descobri que tá sendo refilmado). Nunca vi esse filme no cinema, e vai ser logo em 3-D, ueba! Por coincidê
ncia, o Del Toro lista Monstro como uma das maiores influências de sua carreira. Tá tudo interligado, entende? Aí fiz um pacto com o maridão: depois da matinê, a gente vai ao mesmo cinema lá longe, e ele vê Mongol (é sobre o Genghis Khan, e foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro), e eu vejo Savage Grace, independente com a Julianne Moore. E domingo vamos ao zoológico rever meus amiguinhos.
Sobre os la
nçamentos no Brasil, o que ocupa mais salas é Viagem ao Centro da Terra. Além dele, há três estréias francesas: o drama O Segredo do Grão, o filme de ação Agente 117 – Uma Aventura no Cairo, que, pela sinopse, lembra uma mistura de inspetor Clouseau com o palerma do Agente 86, e o documentário Advogado do Terror. Vi este último em dvd e vou escrever sobre ele na segunda. E há mais estréias: o brasileiro (e principalmente mineiro) Pequenas Histórias, de Helvécio Ratton (diretor de Menino Maluquinho e Batismo de Sangue), com Patricia Pillar, Paulo José e Gero Camilo, e a comédia argentina Quem Disse que é Fácil? Um título, aliás, que podia muito bem resumir minha vida de cronista de cinema.
- Eu até me pareço um pouquinho com o monstro da Lagoa Negra... Prepare-se, Hancock.