O travesti de 24 anos, assassinado com 32 facadas na madrugada desta sexta-feira (15), em Campina Grande, teria furtado R$ 800 de um cliente durante um programa sexual. "Essa teria sido a motivação para o crime. A morte foi por vingança", disse o delegado Wagner Dorta, responsável pela apuração do caso.
O crime foi registrado pelas câmeras de trânsito da Superintendência de Trânsito da cidade.
De acordo com o delegado, a explicação para o crime teria sido dada por dois dos envolvidos, que foram localizados pela Polícia Civil durante o fim de semana. Eles prestaram depoimento na manhã desta segunda-feira (18). "Apreendemos o adolescente, o principal agressor da vítima. Em seguida, prendemos preventivamente um adulto, que é o dono do carro que aparece nas imagens e também esfaqueia o travesti."
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O delegado disse ainda que o adolescente teria assumido a autoria e o planejamento do crime. "No depoimento, ele nos falou que fez um programa sexual com uma garota e, durante o encontro, o travesti teria sacado um estilete e roubado R$ 800."
Dorta afirmou que os dois devem prestar um novo depoimento nesta segunda-feira. Os outros dois envolvidos no crime já foram identificados. "Estamos no encalço deles e pretendemos prendê-los em breve", disse o delegado.
O rapaz que está preso, segundo o delegado, já foi investigado pelo homicídio da mulher, assassinada com um tiro de espingarda calibre 12. "Mas ele foi inocentado. O adolescente não tem passagem na polícia", disse Dorta.
A vítima foi ferida no peito, no pescoço e na cabeça. "Muitos dos golpes atingiram o coração da vítima. Quando prendemos os dois na casa do dono do carro usado no crime, encontramos uma das facas, que ainda estava com sangue e cabelo do travesti", explicou o delegado.