- Nunca mais terei fome de novo!
- Thelma & Louise (1991) - um dos raríssimos filmes que podem ser considerados feministas. As duas protagonistas, feitas por Susan Sarandon e Geena Davis, são memoráveis. Saem pela estrada, abandonam seus homens, matam um estuprador, e dão carona pro Brad Pitt. Até pode-se interpretar a cena final nessas linhas: elas preferem morrer a continuar vivendo num mundo patriarcal. Putz, ainda preciso escrever sobre o filme, porque tem muita coisa pra ser dita.
- Silêncio dos Inocentes (1991) - Clarice Starling (Jodie Foster) é apenas uma estagiária do FBI, mas é ela quem precisa enfrentar o psicopata Hannibal Lecter para descobrir, sozinha, quem é o serial killer de mulheres gordinhas.
- Ligações Perigosas (1988) - a Marquesa de Merteuil (Glenn Close) é uma vilã, mas certamente uma personagem inesquecível. A nobreza francesa está com os dias contados. É véspera da Revolução Francesa e a aristocracia vive de bailes, fofocas, e, no caso da Marquesa e seu cúmplice, o Visconde, de maldades. Uma das falas da Marquesa para o Visconde: “Eu fui bem-sucedida porque sempre soube que nasci pra dominar o seu sexo e para vingar o meu”.
- Cabaret (1972) - Sally Bowles (Liza Minelli) é uma cantora americana de cabaret em Berlim um pouco antes da Segunda Guerra. Ela se envolve com dois homens, que também têm um caso entre si (Cabaret representa um marco cinematográfico no tratamento positivo a personagens gays). No final, faz um aborto porque não está preparada para ser mãe, e termina sozinha, cantando que a vida é um cabaré, e pintando suas unhas da cor da divina decadência.
- Central do Brasil (1998) - Dora (Fernanda Montenegro) vive de escrever cartas. Ela não se envolve com as pessoas, até que opta por salvar um garoto. Bom, talvez a personagem não seja assim tão especial, mas a atuação da Fernanda, é.
- Ah, também acho marcante Xica da Silva (1976), personagem-título interpretada pela Zezé Motta. Nunca lembro direito do filme, mas a personagem é ótima.
- Meninos Não Choram (1999) - uma história de intolerância sobre uma moça (Hilary Swank) que se identifica como rapaz e paga com a morte por isso. É também um desses raros filmes dirigidos por uma mulher (Kimberly Peirce, que infelizmente levou dez anos para filmar novamente, e aí cometeu Stop-Loss, que não é grande coisa) a alcançar grande repercussão (deu o primeiro Oscar a Hilary e tal).
- E o Vento Levou (1939) - de moça mimada à sobrevivente da Guerra da Secessão americana, Scarlett O'Hara (Vivien Leigh) decide que nunca mais vai sentir fome na vida, e consegue reerguer sua fazenda destruída. Claro que ela é estuprada pelo próprio marido e gosta, acordando toda feliz no dia seguinte, mas vamos pular essa parte. Melhor nem falar que o filme é também racista.