Primeiras Impressões: Felizes Para Sempre?
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Primeiras Impressões: Felizes Para Sempre?



A Globo continua apostando na qualidade de suas produções de início de ano com esta minissérie que é ainda mais ousada do que Amores Roubados.
Escrita por Euclydes Marinho (Eu Que Amo Tanto, O Brado Retumbante), baseado em sua própria obra “Quem Ama não Mata”, de 1982, Felizes Para Sempre? conta a história de cinco casais, suas crises e desencontros, desenvolvendo essa narrativa miscigenada que poderá resultar em um crime passional, envolvendo um dos casais. A série terá dez capítulos, que serão dirigidos pelo brilhante Fernando Meirelles (Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel, Ensaio Sobre a Cegueira), e conta com Adriana Esteves, João Miguel, Maria Fernanda Cândido, Enrique Díaz, Paolla Oliveira, Cássia Kis Magro e outros nomes de peso no elenco.
Criando uma pequena linha que amarra as histórias, ao focar em casais ligados a um mesmo eixo familiar, a minissérie pretende abordar as tramas separadamente, aproveitando-se, obviamente, das interações entre os diferentes núcleos, apesar do desenvolvimento separado. Foi por isso que todo o primeiro ato se preocupou apenas em nos mostrar que Cláudio, Hugo e Joel são filhos de Norma e Dionísio, casal que completou 46 anos de casados e que, teoricamente, deveria ser um exemplo para o relacionamento dos três filhos.
Superada a necessidade de nos apresentar o fio condutor entre os núcleos, este primeiro capítulo serviu basicamente para nos apresentar os casais principais (sendo apresentado quatro dos cinco casais) e já começar a liberar algumas dicas dos problemas que circulam esses relacionamentos. Mas foi com Marília e Cláudio que “Onde colocar o Desejo?” mais se preocupou.
Após superarem a perda de um filho, vítima de um acidente doméstico, Marília (Maria Fernanda Cândido) já não aguenta mais a distância e a falta de interesse que Cláudio (Enrique Díaz) demonstra por ela, e tenta, por meio do sexo, apimentar as coisas entre os casais, nem que isso signifique contratar uma prostituta, Danny Bond (Paolla Oliveira) para ver se realizando a fantasia do marido, o interesse volta a despertar entre o casal.
Primeiramente, é incrível como a série conseguiu transformar Marília em Cláudio em pessoas tão palpáveis, tão reais. É um casal que se ama, que se respeita, que passaram por um grande trauma juntos, mas que não se interessam mais um pelo outro. Acontece. E com muito mais frequência do que imaginamos. A trama dos dois, apesar de estar ligeiramente mais avançada que as dos demais, ainda está muito no começo, e a chegada de Danny Bond apenas serve de aviso que muitas viradas virão.
No geral, eu já esperava uma direção impecável para Felizes Para Sempre?, já que sou um fã incontestável do trabalho de Fernando Meirelles, por isso, o que acabou me surpreendendo mesmo foi a qualidade absurda do roteiro que a minissérie nos apresentou neste primeiro capítulo.
O texto foi ágil, moderno, inteligente, sabendo ser conciso e orgânico e sem, em nenhum momento, perder a naturalidade… As conversas de casais pareceram mesmo sair da intimidade de um lar, bem como as escolhas das palavras nas cenas com a psicóloga de casais, e todas as tentativas da série em ser moderna, usando palavrões ou sendo – em alguns momentos – absurdamente irônica, foram bem sucedidas.
Com um texto fluído e natural destes e um elenco espetacular, o capítulo de estreia de Felizes Para Sempre? passou sem que eu notasse o tempo passar… E aqui acho necessário não apenas elogiar o texto em si, mas todas as sacadas além das falas que os atores empregaram em cena, como uma excelente interação com gadgets tecnológicos, ou até mesmo posturas e pequenos gestos de alguns personagens, como a insegurança de Marília no consultório psiquiátrico ou sua indecisão ao se arrumar para receber a prostituta em casa.
Já tendo reconhecido os méritos do roteiro e do elenco da produção, está na hora de rasgar elogios abertos á direção, já que Fernando Meirelles dificilmente me decepciona e desta vez, novamente, mostrou porque pode ser considerado um dos melhores diretores do mundo na atualidade.
Como já disse, já tinha ficado animado só de ver o nome de Meirelles no projeto, quando eu descobri que – por opção do diretor – a minissérie seria ambientada em Brasília fiquei ainda mais fascinado, e com ainda mais expectativas da visão que o diretor imprimiria da capital federal.
Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro e ser um louco apaixonado pela Cidade Maravilhosa, assumo ter arrumado em Brasília uma amante. Depois de viver praticamente por toda a minha vida aqui, aprendi a amar cada parte dessa cidade…
Brasília pode ser fria, mas também abrasiva, pode ser urbana, mas tem muito verde, e muita vida, pode ter uma das arquiteturas mais modernas e diferenciadas do mundo, mas não perde o charme de manter a essência da sua década de nascimento… E Brasília é absurdamente charmosa, ahh, como é charmosa… Como pode ser viva, alegre, bela e hospitaleira… E ainda tem o céu de Brasília que, olha, dispensa comentários além dos já tecidos por muitos de nossos poetas ao elogiar a imensidão azul do céu de Brasília…
E é com toda essa paixão (assumida) pela cidade em que vivo que estava com a maior das expectativas de que Fernando Meirelles um dos diretores que mais admiro, fosse capaz de quebrar o estigma político que está presente em todas as produções que são gravadas aqui. E apesar de um capítulo ser muito pouco para tecer comentários mais profundos, preciso dizer que estou absolutamente maravilhado com o que nos foi apresentado até aqui, desde as imagens mais icônicas, como a Ponte JK ou a Esplanada dos Ministérios – com uma sequência no Congresso feita por meio de drones absolutamente fantástica – até pequenos detalhes, como ruas, quadras, trechos do Parque da Cidade e até mesmo os azulejos do banheiro de Norma e Dionísio, toda a composição da cidade como pano de fundo – e até mesmo um personagem, como afirmado pelo próprio Meirelles em entrevista – foi tudo muito bem desenvolvido.
Maravilhado com o apuro técnico, sobretudo com uma direção soberba, espantado com a qualidade do texto e surpreso com a ousadia da Globo de levar essa trama tão complexa ao ar, termino o primeiro capítulo de Felizes Para Sempre? com a certeza de que, novamente, a Globo acertou em sua produção de início de ano.
Temos, novamente, uma produção que uma das maiores emissoras do mundo pode fazer (mas que, infelizmente, nem sempre QUER fazer)… O que devemos fazer, então, é aproveitar cada um dos 9 capítulos que nos restam.
::: FRASE DO CAPÍTULO:
- “Bond. Danny Bond, como o James…”




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