Esta é incrível. Um jovem de 24 anos prestou boletim de ocorrência contra uma boate badalada aqui de Joinville, a Moom (eu sou velhinha e não vou a boates faz muito tempo, não conheço). Parece que os seguranças da boate o levaram a um quarto escuro, onde lhe deram chutes e socos. Tá, até aí, não deve ser o primeiro nem o último caso. A gente ouve sempre falar nisso quando é contra pessoas pobres que foram pegas furtando alguma coisa de supermercados. Não estou defendendo quem rouba ou se comporta mal numa boate, mas quem tem que punir é
a Justiça, não os seguranças do local. E a punição não deve ser com força física. O que chama a atenção é a declaração de um dos sócios da boate: “A Moom é uma boate, não é uma casa de tortura. Não há sala escura. O que tem é um corredor que dá acesso aos fundos da casa. É por lá que são retirados os clientes que provocam confusão. Pela porta da frente há risco de constrangimento e de atrapalhar os demais clientes”. Sou totalmente a favor que pessoas que bebem demais e começam a brigar dentro de uma boate sejam postas pra fora. Mas é estranho, pra dizer o mínimo, que tenham que passar por um corredor escuro nos fundos. Colocar alguém pra fora sempre vai provocar constrangimento, ué. E retirar alguém do meio de uma multidão é arriscado, seja pela porta da frente ou por trás.
Já acho muito suspeito isso dos fundos. Agora, não sei se o artigo foi escrito às pressas ou o quê, mas veja o que o sócio diz: “Eu já tinha saído da boate quando aconteceu o episódio. Mas o que me contaram foi que o jovem estava muito agressivo e que foi preciso até dar choques para acalmá-lo”. Hã? Eu li direito? Choques?! Tipo choque elétrico? É o único choque que conheço. Um cliente é levado pra uma sala nos fundos onde recebe choques e a boate não é uma casa de tortura?!