Saíram as indicações pro Oscar, aquela cerimônia que no fundo ninguém sabe como (se?) vai acontecer, devido à greve dos roteiristas. Será uma festa de tapinhas nas costas como a do Globo de Ouro? Ou vai haver astro discursando? Nenhuma surpresa enorme nas indicações. É chato que um filminho tão meia-boca como “Juno” e outro melhorzinho, pero no mucho, como “Conduta de Risco”, tenham sido lembrados em tantas categorias, enquanto filmaços como “Sweeney Todd” e “Senhores do Crime” apareçam discretamente. Gostei das nomeações de “Onde os Fracos Não Têm Vez”, “Sangue Negro” e “Desejo e Reparação”. Não gostei que o brasileiro “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” tenha ficado de fora da disputa pra melhor filme estrangeiro (por pouco. Chegou no meio de nove pré-selecionados). O pessoal especializado considerou surpreendente a inclusão do Tommy Lee Jones na corrida pra melhor ator (por “No Vale das Sombras”). Ele não entrava em nenhuma previsão. Mas é só ler as críticas pra ver que é dele a performance mais elogiada de 2007 (eu não concordo muito. Acho que ele só está interpretando a si mesmo). Nessa categoria, torço pelo Viggo Mortensen desde criancinha.
E todo mundo chiando: como que um desastre como “Norbit” (recordista em indicações aos Razzies, as Framboesas de Ouro, dadas aos piores do ano) entra pra melhor de qualquer categoria? Não é a primeira vez, nem será a última, que as indicações do Oscar batam com as da Framboesas. Eu me lembro de “Con Air”, só pra dar um exemplinho.