Geral
"Hic labor est"
1. Não pode haver dúvidas de que o principal desafio deste Governo do PS com o apoio da demais esquerda parlamentar está na gestão orçamental e financeira.
Ao apostar no "fim da austeridade orçamental" como primeira prioridade, o Governo vai diminuir substancialmente o esforço de consolidação orçamental, que em 2016 ficará reduzido a 0,2%! Ora essa redução da exigência quanto ao défice orçamental vai
diminuir o ritmo de corte no rácio da dívida pública (quanto mais défice, mais endividamento adicional) e aumentar a vulnerabilidade a qualquer percalço imprevisto, como, por exemplo, uma elevação do risco da dívida pública e dos respetivos juros.
2. Apesar de ficar aquém da meta orçamental prevista pelo Governo cessante para 2015, que era de 2,7%, ainda não está excluído que fique abaixo dos 3%, ou seja, abaixo do limite do "défice excessivo", em que Portugal se encontra há vários anos. Seria muito grave voltar a quebrar esse limite de novo no próximo ano!
De resto,
não basta assegurar a redução sustentada do défice nominal. É preciso também alcançar um confortável saldo primário positivo das contas públicas (descontado dos encargos da dívida) e uma redução contínua do défice estrutural (descontado dos efeitos do ciclo económico), que lamentavelmente o Governo cessante deixa a aumentar! Ora, nada disto se consegue mantendo um elevado défice nominal.
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E Agora?
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Falta De Autoridade
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A Estrela Que Empalidece (2)
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Uma Coisa Não Vai Sem A Outra
Sejamos sérios: enquanto houver défice orçamental há aumento da dívida pública (e mais encargos com ela). A oposição pode e deve criticar o Governo por aumentar a dívida muito mais do que o previsto (o que é verdade) mas não pode ao...
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Sucesso, Mas...
Sim, o Governo tem razões para estar contente com os consistentes sinais positivos na frente orçamental e económica: redução do défice orçamental, baixa dos juros da dívida pública, retoma económica, saldo comercial...
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