Geral
"Risco moral"
Há duas razões pelas quais o Governo grego não vai poder conseguir assistência financeira externa em condições mais favoráveis que as que estavam na mesa antes do referendo:
(i) porque além da vontade dos eleitores gregos há
a vontade dos eleitores de todos os outros membros da moeda comum, que não contam menos do que aqueles; (ii) porque, se a técnica do referendo nacional servisse para vergar a União, não tardaria que outros Governos (ou a própria Grécia outra vez) se sentissem
tentados a utilizar a mesma chantagem plebiscitária para obter concessões especiais dos demais membros.
Nessa altura começariam a
soar os sinos pela morte da União Europeia.
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"saída Ordenada"
Eis o meu artigo de ontem no Diário Económico, sobre a provável saída da Grécia do euro. Gostaria de sistematizar a questão: 1º - o referendo mostrou claramente a rejeição popular de mais austeridade orçamental, que obviamente vincula o Governo...
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O Espetro Grego (3)
Para a UE este abalo político é porventura mais profundo e mais difícil de superar do que o risco iminente de desmoronamento da moeda única há cinco anos, já então desencadeado pela Grécia. Desta vez, para além da falta de soluções à vista,...
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O Espetro Grego (2)
A crise grega, que há cinco anos desencadeou a "crise da dívida soberana" na Europa e que desde então, passados dois resgates e um generoso perdão de dívida, continua a devastar a economia, a sociedade e a política grega e a atormentar a União...
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Vertigem Grega (11)
Tenho recebido mensagens a acusar-me de "falta de respeito pela vontade do povo grego". Mas sem razão. Por minha parte, até gostaria que o Governo Syriza pudesse realizar muitas dos seus compromissos políticos, como a separação da Igreja e do Estado,...
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A Grécia E A Ue: Quanto Pior, Melhor
Estou em Miami, a caminho da Nicarágua (missão europeia de observação eleitoral), a ver Zbignew Brezynski comentar na MSNBC a crise sobre a crise que caiu no colo do G20, aparentemente resultante da decisão grega de avançar para um referendo. ...
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