A batalha da Serra Grande
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A batalha da Serra Grande


Lampião já havia derrotados várias volantes pelo sertão afora, porém faltava a grande batalha, o que ocorreu em 1926, quando por ocasião da reunião do comando da Policia Militar de Pernambuco em Villa Bella.
Encontravam-se reunidos alguns dos mais terríveis inimigos entre os quais Manuel Neto, o Mané Neto, Arlindo Rocha e Higino Belarmino, o Nego Higino. Os policiais deslocaram até a Serra Grande, a 25 km de Villa Bella, com o intuito de resgatar o refém, Pedro Paulo Mineiro Dias, pela vida do qual os bandoleiros pediam 16 contos de réis. O confronto parecia inevitável, a volante contava com aproximadamente 300 homens, do outro uns 90 cangaceiros.
A tensão era grande entre os membros da volante. ?Em meio a tanta confusão, marcharam para. Alguém ainda chegou a sugerir, almoçaremos primeiro. Arlindo Rocha respondeu com a cara feixada: ?Hoje vamos almoçar bala! ?? (SOUZA, 2006/2007, p. 136)
Sob o comando de Lampião, os bandoleiros destroçaram a supervolante.
O sargento Mané Neto, que perseguiu o bandido durante toda a vida, perdeu parcialmente o movimento das pernas ao ser atingido durante a luta. Já o sargento Arlindo Rocha levou um disparo na boca que quase lhe destruiu a mandíbula, o que faria com que tivesse problemas de mastigação pelo resto da vida. No total, pelo menos dez soldados morreram e 30 ficaram feridos no embate. Entre os bandidos, há notícias de somente alguns feridos. A razão da derrota é que os cangaceiros estavam postados no alto da serra, protegidos por pedras, enquanto os policiais avançavam de peito aberto. Aqueles tinham apenas o trabalho de escolher o alvo e atirar.
Por muito tempo, a polícia, desmoralizada, manteve a versão de que Antônio Ferreira, um dos irmãos de Lampião, havia sido morto no confronto. Era uma forma de diminuir um pouco o impacto da derrota. Na verdade, Antônio seria morto em um acidente, em janeiro do ano seguinte, devido a um tiro disparado inadvertidamente pelo cangaceiro Luiz Pedro. Na Batalha da Serra Grande, o tiroteio, que se iniciou por volta das 8h30, durou praticamente o dia inteiro e só acabou quando os cangaceiros cansaram-se de "matar macacos" e resolveram descer a serra para seguir em direção à fazenda de Ângelo Gomes, conhecido como Anjo da Guia.

FONTE: Monografia: LAMPIÃO E SEU GRUPO NOS IDOS DOS ANOS 1920. O CANGAÇO GOVERNANDO O SERTÃO. Autor: SANTOS, PAULO C. G DOS . SERRA TALHADA ? PE SETEMBRO DE 2009




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