A Bolívia que a mídia oculta
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A Bolívia que a mídia oculta


Por Altamiro Borges

Na semana passada, o presidente Evo Morales fez um balanço sobre os avanços do seu governo. A mídia colonizada – que “fala fino com Washington e fala grosso com a Bolívia”, como já ironizou Chico Buarque – preferiu ocultar as boas notícias do país vizinho, como se ele não existisse. No seu velho padrão de manipulação da informação, como ensina o mestre Perseu Abramo, a mídia realça o que lhe interessa e omite o que não lhe interessa. No caso da Bolívia, ela só é notícia quando ocorrem fatos negativos.

Segundo o balanço, que faz parte do novo censo nacional, a economia boliviana vive um período de expansão, impulsionada pela força do mercado interno e pelo aumento dos investimentos públicos. O país está nos primeiros lugares do ranking de crescimento na região. Enquanto a média de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre os anos de 1999 a 2005 foi de 2,6%, nos últimos seis anos ele atingiu os 4,8%. No mesmo período, a média da renda per capita da população subiu de US$ 956 para US$ 1.775.

O governo teve papel decisivo como indutor do desenvolvimento. O Estado elevou sua participação na economia de 18,5% para 30,6% em 2012, com o aumento de investimentos e a estatização de empresas. Isso rendeu ao setor público um crescimento na receita de exportação: no caso dos minerais, o governo passou a arrecadar cerca de US$ 11,3 bilhões no período de 2006 a 2012 - quase 10 vezes mais que os US$ 1,75 bilhão entre 1999 e 2005. “Agora dependemos menos do mercado externo”, festejou Morales.

Os avanços na economia tiveram reflexos diretos na melhoria do bem-estar dos bolivianos. Entre 2006 e 2012, mais de 1,6 milhão de pessoas se beneficiaram com projetos de água potável e saneamento básico da campanha Minha Água, que tem como objetivo atingir até 2015 os “objetivos do milênio” traçados pela ONU. Com a introdução de bolsas escolares de US$ 29 para jovens da escola primária e secundária, o governo reduziu o número de deserção escolar e aumentou o número de alfabetizados.

Nos sete anos de mandato de Evo Morales, o governo também investiu pesado na saúde pública em todas as regiões do país. Mais de 10 mil postos de saúde foram criados. Com estas e outras medidas, a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade diminuiu de 2,74% para 2,03%. A população boliviana teve um crescimento de 25,5% nos últimos dez anos, chegando à marca dos 10,3 milhões de habitantes em 2012. Infelizmente, estas boas notícias não mereceram o devido destaque da mídia colonizada do Brasil.

Ao festejar o balanço altamente positivo, o presidente Evo Morales se comprometeu em manter o ritmo das mudanças para atingir os “13 pilares do programa de governo para uma Bolívia digna e soberana”:

1- Erradicação da pobreza extrema;

2- Universalização de serviços básicos para “viver bem”;

3- Saúde, educação e esportes para “formação de um ser humano integral”;

4- Soberania científica e tecnológica;

5- Desenvolvimento integral “sem a ditadura do mercado capitalista”;

6- Soberania financeira;

7- Nacionalização e industrialização dos recursos naturais;

8- Soberania alimentar;

9- Defesa do meio ambiente, “respeitando os direitos da Mãe Terra”;

10- Integração soberana da América Latina;

11- Transparência na gestão pública com base nos princípios de “não roubar, não mentir e não ser frouxo”;

12- Desenvolvimento e desfrute da cultura boliviana;

13- Reencontro com “a nossa alegria, felicidade, prosperidade e nosso mar”.




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