Editorial do sítio Vermelho:Os novos fatos em torno do conflito na Ucrânia vão configurando uma crise geopolítica de vastas proporções, com sérias ameaças à paz mundial.
O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseny Yatsenyuk, anunciou que vai aos Estados Unidos em busca de respaldo político, econômico e militar, numa demonstração do caráter retrógrado do governo golpista e do seu total descompromisso com a soberania nacional.
De forma antecipada, o imperialismo estadunidense já se encontra em ação e tomando iniciativas militares. Sob o pretexto de realizar treinamento, 300 soldados norte-americanos e 12 caças F-16 da Marinha dos EUA serão transferidos para a base aérea na localidade de Lask, na Polônia. Na semana passada, também com o pretexto de participar de exercícios militares, os Estados Unidos deslocaram de sua base militar na Grécia para o Mar Negro, no sul da Ucrânia, a poucos quilômetros da Península da Crimeia, um destróier lança-mísseis, o "USS Truxtun".
Os porta-vozes do novo regime golpista ucraniano fazem reiterados apelos a uma intervenção direta das potências ocidentais no país, instando os Estados Unidos e o Reino Unido a atuarem como garantidores da “estabilidade”, contrapeso à influência russa e fator repressivo diante da eventual decisão do povo da Crimeia em referendo de aprofundar sua autonomia e até mesmo se separar da Ucrânia.
Os Estados Unidos têm dado sinais de que podem endurecer posições, como demonstram as declarações do chefe do Estado-Maior Conjunto no último fim de semana, assegurando que as forças armadas estadunidenses estão preparadas e dispostas a atuar com a Otan em caso de agravamento da crise no aspecto militar.
Efetivamente, a situação na Ucrânia é a mais grave crise politica ocorrida na Europa desde a guerra de agressão contra a Iugoslávia.
Há 15 anos as potências imperialistas, nomeadamente os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), atacaram a Sérvia com intensos bombardeios aéreos, realizados durante uma campanha de quase 80 dias. Naquela ocasião, a Otan, assim como faz agora, apresentava-se como defensora da segurança, da liberdade e das causas humanitárias. Na prática, revelou sua essência agressiva em nome de interesses geopolíticos e econômicos antagônicos aos dos povos.
As semelhanças do golpe na Ucrânia com o processo regressivo ocorrido na Iugoslávia são patentes. Ali atuaram as mesmas forças de caráter fascista que provocaram distúrbios e mortes em Kíev.
O poder de fato na Ucrânia, após o golpe, são grupos extremistas organizados, partidos ultranacionalistas e neofascistas, protagonistas não somente de crimes, como também animadores de uma furiosa campanha anticomunista que se irradia por vários países do Leste europeu.
Contudo, a crise na Ucrânia desenvolve-se em meio a uma nova situação política internacional, em que se torna evidente que as potências imperialistas ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, não podem fazer tudo o que querem e como querem. Essas potências defrontam-se com a tenaz oposição da Rússia e a resistência nacional na Ucrânia, nomeadamente na região da Crimeia. A provável decisão popular, com apoio do governo russo e do Partido Comunista da Federação Russa, de se separar da Ucrânia, eleva o nível da resistência nacional e objetivamente acrescentará novos fatores à crise.
Editorial do site Vermelho: A cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reuniu os principais líderes políticos dos países membros e serviu para mostrar mais uma vez a atitude belicista que as potências imperialistas têm em relação...
Editorial do site Vermelho: A usina de tergiversações e mentiras em que se converteram os meios de comunicação monopolizados pelo capital privado e certos setores da academia e da produção cultural inventam curiosos e falsos conceitos para camuflar...
Por José Reinaldo Carvalho, no sítio Vermelho: Nos dias 22 e 23 de março, organizações de luta pela paz de diversos países participaram na conferência do Fórum de Belgrado por um Mundo de Iguais, na Sérvia, no transcurso do 15º aniversário...
REUTERS David MdzinarishviliDo sítio Opera Mundi: Com mais de 75% dos votos apurados, 95,7% dos participantes do referendo deste domingo (16/03) que iria definir se a Crimeia, atual república autônoma na Ucrânia, se juntaria à Rússia disseram sim...
Ao ocupar a Crimeia, a Rússia declarou guerra não apenas à Ucrânia, mas também aos Estados Unidos e ao Reino Unido, que são fiadores de sua soberania, declarou a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko em um discurso à nação. "Vladimir Putin compreende...