A disputa decisiva em São Paulo
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A disputa decisiva em São Paulo


Por Renato Rovai, em seu blog:

Aécio teve 4 milhões de votos de frente em relação a Dilma no primeiro turno paulista. Isso significa que sua vantagem vai se manter ou aumentar no segundo turno? Evidente que não, apesar de boa parte dos analistas estarem tratando isso como fato consumado.

Em 2006, Lula perdeu por exatos 4 milhões de votos para Alckmin no primeiro turno. E no segundo diminuiu essa diferença para apenas 1 milhão. O que se viesse a acontecer de novo, significaria a derrota do tucano mineiro.

A eleição de 2006 foi diferente em vários aspectos, mas quem olhar os resultados eleitorais de São Paulo de forma mais detalhada verificará que há muito espaço para a candidatura Dilma crescer. Como este blogue havia avisado, há uma sincronia histórica entre os votos do candidato a governador e a presidente pelo PT no estado. E ela se repetiu de novo. Padilha teve 73% dos votos de Dilma, o corte histórico é 70% no máximo. Ele ficou praticamente no piso da regra, mas não fugiu a ela. Vale a pena dar uma lida no texto que publiquei aqui.

Por isso, Dilma tem uma vantagem a partir de agora no estado. É ela contra Aécio e ponto final. Não há outras candidaturas para tirar o foco da disputa. Mas Dilma tem ainda outras vantagens Por ter perdido feio na capital e em praticamente toda a grande São Paulo, sua campanha pode se concentrar nesse cinturão que é praticamente todo vermelho e que somado às grandes cidades do interior representa praticamente 2/3 do votos dos paulistas. Se ela se recuperar nesses territórios, diminuirá a diferença.

Não será fácil transformá-la em 1 milhão de votos, como foi com Lula, mas se ficar próxima a 2 milhões ou 2,5 milhões, isso praticamente assegura sua reeleição.

Mas para que isso aconteça, Haddad tem que liderar os prefeitos da grande São Paulo e junto com Marta, Mercadante e o senador Suplicy, além do próprio Lula, construir uma nova rede com um nova pegada para o segundo turno.

Mas essa disputa no maior estado da federação será a conta gotas. Nas primeiras pesquisas, como disse no post anterior, os números podem assustar. Mas se isso acontecer, significará muito mais um movimento de continuidade da tendência disputa do primeiro turno do que uma realidade para o dia 26.

É em São Paulo que vai acontecer a batalha das batalhas desta eleição. Todas as outras são importantes, mas Aécio teve no estado 10 milhões dos seus quase 35 milhões de votos. Ou seja, 30% da sua votação total. Por isso, nem ele e nem Dilma vão descuidar do estado. Muito pelo contrário.

E Aécio tem um trunfo, pode anunciar que vai aprovar o fim da reeleição e com isso buscar seduzir não só Marina, como Alckmin e Serra. Pode também depois não fazê-lo, o que não seria algo surpreendente. Aécio é bom de fechar acordos e não cumpri-los. Que o diga o governador eleito de Minas Gerais, que tomou um beiço do tucano após ter feito um acordo com ele na eleição de prefeito em BH, em 2008.

PS: Antes que me acusem de desprezar o resto do Brasil, claro que Dilma pode ganhar mesmo perdendo por grande diferença em São Paulo. Mas desprezar um estado onde seu adversário teve 30% dos seus votos totais não é uma boa estratégia.




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