A história se repete, 23 anos depois, qualquer semelhança não é mera coincidência
Geral

A história se repete, 23 anos depois, qualquer semelhança não é mera coincidência


Dois de setembro de 1992. O pedido de impeachment contra o então presidente Fernando Collor, assinado por Barbosa Lima Sobrinho, era acolhido pelo presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro. Enquanto o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a popularidade de Collor se deteriorava, manifestantes ocupavam as principais avenidas do País em favor de sua saída e o Planalto dava demonstrações de que não sabia como mudar o panorama desfavorável. No Congresso, Collor não sabia mais distinguir aliados de inimigos políticos. No dia 29 daquele mês, dois terços da Câmara aprovavam a abertura formal do processo de impeachment. O resto da história, todos sabem. Collor renunciou antes mesmo de o Senado concluir pelo seu afastamento.
COLLOR-01-IE.jpg
DESCEU A RAMPA
Ao lado da mulher Rosane, Collor deixava o Planalto em 29 de dezembro 
de 1992. Dilma corre o risco amargar o mesmo infortúnio
O cenário guarda semelhanças com o momento vivido hoje pela presidente Dilma Rousseff. Com a base política em frangalhos, Dilma, assim como Collor, terá de enfrentar um processo de impeachment em meio a uma crise econômica brutal. Em 1992, o ambiente inflamável embalava as manifestações de rua, exatamente como agora. Àquela altura, Collor amargava um índice de aprovação de apenas 9%, o mesmo ostentado por Dilma hoje.
Tal como Dilma e o PT, Collor também se dizia alvo de um golpe, apesar do caráter constitucional do processo. ?As manobras para o meu afastamento interessam aos recalcados, complexados e invejosos que formam o sindicato do golpe?, afirmava o então presidente. Líder do PT, José Dirceu assumia postura oposta. ?Não se faz impeachment na Câmara e no Senado. Ele acontece na sociedade?, disse o ex-ministro à época num discurso que hoje seria tachado de ?golpista? pelos petistas.
No tocante às denúncias, pesava sobre Collor o envolvimento no esquema PC Farias. O estopim foi a entrevista à ISTOÉ do motorista Eriberto França, em que confirmou que PC bancava as despesas da família do presidente. Hoje, Dilma alardeia que ?não é ladra?, mas há suspeitas de que sua campanha foi irrigada com dinheiro desviado do Petrolão. Mas o que pode derrubá-la é o crime de responsabilidade, fruto das manobras fiscais destinadas a maquiar o orçamento. Responsabilidade também nunca foi um predicado que pudesse ser atribuído a Collor.
fonte:http://www.istoe.com.br/reportagens/442169_A+HISTORIA+SE+REPETE+23+ANOS+DEPOIS?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage




- Dilma Não é Collor - Ricardo Noblat
O GLOBO - 23/03 "Eu me surpreendi em 2005, na denúncia do mensalão. Agora, não temos mais o direito de estar surpresos." Marina Silva Imagine que a presidente Dilma Rousseff tivesse uma irmã, responsável por estrepitosa entrevista concedida à "Veja",...

- Que Papo Furado, Esse De Golpe! - Ricardo Noblat
O GLOBO - 14/03 Quem pode dar golpe? Os militares. Apenas eles. E se depender deles não haverá golpe. Seja porque aprenderam com o último que deram, em 1964, seja porque não há mais líderes entre eles como havia no passado. E sem líderes... Foi...

- HistÓria: Impeachment De Fernando Collor De Mello
Empossado no dia 15 de março de 1990 após derrotar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das primeiras eleições presidenciais diretas após o fim da ditadura, o ex-governador alagoano Fernando Collor de Mello tornou-se o mais jovem...

- As Diferenças Entre Casos Dilma E Collor
Por Tereza Cruvinel, em seu blog: Apesar das inevitáveis comparações, e das noções do senso comum de que o processo de impeachment da presidente Dilma está fadado a terminar como o de Collor, muitas são as diferenças entre os dois casos. Elas...

- Nem Fhc Acredita Em Provas Contra Dilma
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog: É preciso tirar as consequências da entrevista de Fernando Henrique Cardoso a Ricardo Balthazar, na Folha de hoje: "Os que desejam o impeachment não construíram até hoje uma narrativa convincente." Num país...



Geral








.