A luta pela readmissão no Metrô-SP
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A luta pela readmissão no Metrô-SP


Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (25), os metroviários de São Paulo voltam a se reunir em assembleia para discutir os desdobramentos da greve que parou São Paulo por cinco dias e enfrentou a intransigência do governador tucano Geraldo Alckmin. A questão central agora é a luta pela readmissão dos 42 trabalhadores dispensados pelo Metrô. O sindicato da categoria já lançou uma campanha pelo retorno dos demitidos e obteve o apoio de várias centrais e movimentos sociais. “A nossa não vai acabar enquanto tiver um metroviário demitido. Estamos em contato com todos que estão indignados com a truculência do governo Alckmin. Nossa luta é em defesa dos empregos dos companheiros e também pelo direito de lutar”.

As demissões foram totalmente arbitrárias e o Metrô inclusive já foi multado pelo Ministério do Trabalho. Entre os 42 dispensados, 11 são diretores do sindicato, que têm estabilidade no emprego garantida em lei. Durante a paralisação, o PSDB e sua mídia satanizaram os grevistas, rotulando-os de “vândalos” e tentando jogar a sociedade contra os trabalhadores que prestam um serviço de qualidade. “Aqui não tem vândalo. O único vândalo é o governador Geraldo Alckmin”, afirma Altino Prazeres, presidente do sindicato. A greve enfrentou a violência da polícia, que chegou a invadir estações e disparar bombas, e a intransigência do governo tucano nas negociações salariais.

Como lembra o jornal Opinião Socialista, do PSTU, “o governo do PSDB, além de se recusar a negociar, jogou a Tropa de Choque da PM contra os funcionários em greve e ainda determinou a demissão de 42 trabalhadores. Quando até mesmo a direção da empresa acenava em rediscutir as demissões, Alckmin pessoalmente decidiu pela manutenção da medida arbitrária, demonstrando que se tratava de um ataque político para enfraquecer a mobilização e tornar os metroviários num exemplo às outras categorias... É hora agora de reforçar a campanha pela readmissão dos metroviários. Essa luta não é apenas pelo emprego dos demitidos, mas pela liberdade de organização e greve da classe trabalhadora”.

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