A mídia e o major Curió
Geral

A mídia e o major Curió


Por Osvaldo Bertolino, no blog O outro lado da notícia:

O frenesi da mídia para desqualificar a ação contra o facínora Sebastião Curió revela bem o que são as máfias que dominam o monopólio e a ditadura dos meios de comunicação. A matéria do Jornal Nacional ontem foi um escândalo. Estão torcendo para que a ação não dê em nada. Vai que a moda pega!

*****

Trecho da biografia de Maurício Grabois, de autoria deste que aqui escreve:

No início da operação, batizada de “Sucuri” (no Araguaia), instalou-se na região um sujeito chamado Marco Antônio Luchini, enviado como engenheiro do Incra. Era na verdade o major Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió, ferrenho anticomunista que em 1961, como tenente, foi preso por participar da trama que tentou impedir a posse presidencial de João Goulart. No golpe de 1964, ele participou ativamente da conspiração e chegou ao CIEx. Frio e sanguinário, ficou famoso na região por receber de pistoleiros as cabeças, mãos e dedos decepados dos guerrilheiros para os quais pagava de 10 a 50 mil cruzeiros — dependendo da importância política da vítima. Por trás da operação estava o general Antônio Bandeira.

Curió foi, possivelmente, a figura que mais encarnou o espírito da “guerra suja”, que rasgou todas as leis e princípios que regem os conflitos militares e os direitos básicos do ser humano. Curió ainda iria participar de outras atrocidades praticadas pela ditadura - como a “chacina da Lapa”, quando em 1976 a repressão assassinou dirigentes do PCdoB em São Paulo - e se estabelecer na região, onde foi eleito deputado, dominou o garimpo de Serra Pelada a força e fundou uma cidade em homenagem ao seu nome - Curionópolis.

No dia 25 de dezembro de 1973, Curió comandava a patrulha que no final daquela manhã chuvosa, por volta das onze horas e vinte cinco minutos, encontrou o grupo de guerrilheiros. O major viu entre eles aquele que o relatório do CIEx classificou como o comandante militar da Guerrilha, que destacava-se dos demais pela idade - estava com 61 anos. Maurício Grabois recebeu um tiro de fuzil no braço esquerdo, abaixou-se, puxou o revólver e de joelhos atirou até ser atingido mortalmente na cabeça. Apropriadamente, o oficial que presenciou a cena proclamou: “Foi a morte de um lutador”.




- Traficante Se Disfarça De Carroceiro, Mas é Preso Com 2 Kg De Maconha Em Campo Maior
Um traficante identificado como Joaquim Antônio de Olibeira foi preso no fim da tarde desta segunda-feira (20) com cerca de dois quilos de maconha em Campo Maior, a 80 quilômetros de Teresina. De acordo com a Polícia Civil, ele se disfarçava de...

- O Jornalismo Marrom De Leonencio Nossa
Por Osvaldo Bertolino, no sítio da Fundação Maurício Grabois: Leonencio Nossa é um jornalista que recentemente frequentou a mídia com certo destaque por conta da publicação do seu livro “Mata!” pela “Companhia das Letras”. O tema, conforme...

- Nada De Festa: 64 Foi Golpe!
Por Juliana Sada, no blog Escrevinhador: Neste fim de semana completam-se 48 anos do golpe militar de 64. Diferentemente de outros anos, os militares já não falam sozinhos. E os ânimos estão exaltados. Militares reformados vieram a público deslegitimar...

- Globo E Folha Têm Medo Da Verdade
Ilustração do blog PIG Imprensa GolpistaPor Altamiro Borges Em editoriais ontem (19), que até parecem combinados, O Globo e Folha criticaram os setores de sociedade que pretendem, com a instalação da Comissão da Verdade, apurar os crimes da ditadura...

- Os Camponeses Assassinados No Araguaia
Por Tatiana Merlino, no sítio Pública: Após uma viagem de 40 minutos de carro desde o centro de Marabá, parte dela feita em estrada de terra, chega-se a uma rua onde a lama impede a passagem do jipe. A única maneira de atravessar é a pé. São 20...



Geral








.