Geral
A política da crise - JOÃO BOSCO RABELLO
O Estado de S. Paulo - 29/03
O deputado Miro Teixeira (PROS-RJ) criou em palestra recente uma síntese que contrapõe à crise política, que chama de a política da crise. Refere-se ao comportamento dos atores nela envolvidos que passaram a cumprir roteiros próprios em que a pirotecnia prevalece sobre a busca de soluções que apontem um rumo ao país.
A política da crise, assim, retroalimenta a crise, graduando a intensidade das dificuldades impostas ao governo, dependente do êxito de um ajuste fiscal sob a responsabilidade do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para encontrar uma porta de saída que lhe devolva o oxigênio perdido desde que tocou fogo no modelo que estabilizara a economia.
O foco dessa guerrilha de facções está na base chamada (impropriamente) aliada, mais que na oposição formal, empenhada em construir agenda paralela, dissociada do esforço de reconstrução da economia, e cujo êxito parcial se deve exatamente à colaboração que o governo empresta com uma soma impressionante de erros em série.
Agora mesmo, ao dar início a uma reforma ministerial negada na véspera, a presidente Dilma Rousseff dá sinais contraditórios com a nomeação de um professor, Renato Janine, para a Educação, e o tesoureiro de sua campanha para gerir as verbas publicitárias, partidarizando o cofre e realimentando a desconfiança quanto ao equilíbrio do processo decisório de governo.
Janine é valor intangível, enquanto Edinho é imposição partidária com o objetivo de dar unicidade ao combate à liberdade de imprensa, associando asfixia econômica com controle de conteúdos, uma dobradinha entre o tesoureiro-ministro e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
Nesse cenário tem-se a base aliada na oposição, PMDB contra PT, PT contra PT e ministros contra ministros, ex-presidente contra presidente, sem que exista perspectiva de romper o ciclo de paralisia política, tornando o futuro incerto.
-
A Crise De Confiança é Maior Que O Desequilíbrio Fiscal - Editorial O Globo
O GLOBO - 22/12 Problema central é a insegurança na condução da política econômica, assumida de fato desde 2010 pela presidente. A economista Dilma acredita em almoço grátis Ao dar posse aos novos ministros da Fazenda e do Planejamento, ontem...
-
Horizonte Crítico - Editorial Folha De Sp
Folha de SP - 18/10 A campanha quase aberta das lideranças maiores do petismo contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, contribui para levar a um ponto crítico a política econômica que, segundo se supõe, é a do governo Dilma Rousseff (PT). O programa...
-
A Primavera Lulista - Paulo De Tarso Lyra
CORREIO BRAZILIENSE - 02/10 Após um mês de negociações, idas, vindas, chantagens e apelos, a reforma ministerial que deve ser anunciada hoje tem como principais derrotados aqueles que, em outubro do ano passado, foram eleitos por 54 milhões de votos...
-
Com O Pé Na Porta - JoÃo Bosco Rabello
O Estado de S. Paulo - 01/03 A maratona do ex-presidente Lula nos últimos dias, ao tempo em que indica claramente sua intenção de candidatar-se em 2018, expõe a indigência da coordenação política do governo, incapaz de atuar com eficiência mínima...
-
Levy Põe Dilma Entre Dois Fogos
Por Tereza Cruvinel, em seu blog: No teatro da crise, Dilma fez o gesto que precisava fazer nesta quinta-feira. O ministro Levy se queixara de isolamento, o mercado e até a mídia internacional especulavam com sua saída, explicitando que se isso acontecesse...
Geral