Geral
A tempestade perfeita
Vale a pena ler o artigo de Michael Abramowitz e Robin Wright
"A Driven President Faces a World of Crises" , publicado no
Washington Post, dia 6 de Julho.
O artigo cita
Madeleine Albright, a ex-Secretária de Estado da era Clinton, a propósito das graves crises a estourar por todo o lado na cena internacional, designadamente as últimas provocações vindas da Coreia do Norte:
«OS EUA estão a enfrentar a "tempestade perfeita" na política externa... Não temos prestado atenção a uma série de problemas... O Afeganistão está fora de controle porque não lhe foi prestada suficiente atenção". «Este é um governo distraído que tem que tomar conta de muitas coisas ao mesmo tempo e se deixou consumir pela guerra no Iraque» diz
Moisés Naím, editor da revista
"Foreign Policy".
As preocupações já transpõem fronteiras partidárias ou ideológicas e exasperam mesmo os falcões:
Richard Hass, que serviu na Administração Bush e agora preside ao Council on Foreign Relations, afirma:
"Não consigo pensar num outro momento nos tempos modernos com tantos desafios confrontando este país ao mesmo tempo (... O perigo é que o Sr. Bush entregue a Casa Branca a um sucessor que tenhe de fazer face a um muito mais caótico mundo, com muito menos recursos para lhe fazer face".O guru neo-conservador
William Kristol, editor do
"Weekly Standard" diz:
"A Coreia do Norte dispara mísseis. O Irão caminha para o nuclear. A Somália é controlada por radicais islamistas. O Iraque não está a melhorar e o Afeganistão está a piorar. Dou crédito ao Presidente por se manter forte em relação ao Iraque. Mas estou preocupado que isso o tenha tornado excessivamente passivo no confronto dos outros perigos".Zbigniew Brzezinski, que foi National Security Adviser na Administração Carter observa:
"É como o malabarista: tem de se manter todas as bolas a girar. Qualquer uma que saia fora da trajectória, ameaça todas as outras..."O comentário da Sra. Albright faz alusão apropriada ao filme
"The perfect storm". De facto, quem semeia ventos, colhe tempestades. Por nós todos, esperemos é que o final seja diferente. É que em
«Staying the course»,o filme com título igual ao mantra de Bush, Clooney foi ao fundo...
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