ADAUTO É BOMBARDEADO EM SUA 1a VISITA À CÂMARA
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ADAUTO É BOMBARDEADO EM SUA 1a VISITA À CÂMARA


A tão aguardada vinda do secretário municipal de Obras e Urbanismo, Adauto Justino, à Câmara, foi vingada na noite desta segunda-feira, 14. A ida faz parte da exigência legislativa aprovada e sancionada pelo governo com intuito de o secretariado apresentar aos edis a prestação de contas da pasta a cada seis meses. Pois bem, em meio ao bombardeio da oposição que passou o ano inteiro mirando o terreno do secretário, Adauto iniciou sua exposição apresentando um breve relato das ações do grupo 40 como ele bem frisou no discurso. O problema é que o fez citando nominalmente todas as obras realizadas há dez anos - tempo de sua gestão na pasta de Obras, Transporte e Urbanismo: da construção da Passagem Molhada ligando Poço Verde ao Bonfim às dezenas de ruas pavimentadas; da construção do Camilão e de conjuntos habitacionais à obra de reforma de escolas.

"Hoje passamos por momentos difíceis na economia e Poço Verde não pode fazer tanto como em tempos passados. Temos recuperado as estradas mas não é o suficiente. Não tenho medido esforço e como não sou ordenador de despesa e como o município tem outras obrigações, sinto dificuldade em fazer a recuperação das estradas vicinais. Em breve vamos melhorar as estradas. Construir estrada é muito caro e sem recursos é quase que impossível para recuperar todas as estradas de Poço Verde. Fiz parte dessa administração desde 2005 e como todos sabem o município tem dificuldades, sempre teve e nunca vai deixar de ter por causa das obras prioritárias. Estamos atentos e venho aqui em busca de soluções para dar continuidade às ações do município. Hoje Poço Verde tem apenas 8 ruas para pavimentar e ficar 100% e esta na meta para 2016 fecharmos a administração com a construção da rede de esgoto do conjunto Françual dos Santos e em algumas ruas que estão precisando da rede de esgoto!", disse Adauto.

O vereador Gileno Alves foi o primeiro a interpelar o secretário. Criticou a demora da vinda dele à Casa e foi questionado  por que somente o fizera no final deste ano após 4 anos que a lei fora aprovada. Gileno ainda denunciou a precariedade da construção do conjunto habitacionalexecutado no seu território eleitoral (Saco do Camisa) e a não conclusão do posto de saúde. "Entregaram as casas sem rebocar, somente chapiscaram. Ainda hoje 50% das casas estão sem aprontar. Não entendo como veio aquele tipo de casa. Ainda deixaram alguma coisa faltando: pia... As pessoas tiveram de trocar as telhas  pois não prestavam. Vieram como se fizesse de barro e não colocaram lenha para queimar!". Se o vereador tivesse denunciado muito antes teria sido melhor, porém a resposta do secretário foi de que "a escassez de recursos é grande no município de Poço Verde, que não tem receita própria. Mal está dando para despesas atuais. Houve queda de receita e vem se alongando alguns anos. Nós temos de ter esperança de que melhore. Não vou garantir nem prometer. Não sou ordenador de despesa e vou fazendo de acordo com o que vai sendo liberado para minha secretaria".

O próximo vereador inscrito a falar foi Rivan Francisco. Ele chamou a atenção para a falta de manutenção dos poços artesianos bem como a distribuição regular de água, principalmente no povoado Tabuleirinho, onde grande parte da população está em dívida com a Deso, mesmo não tendo água na torneira. Adauto justificou que o Dnocs está regularizando alguns deles e em breve devem voltar a funcionar. "Sobre a distribuição de água por meio de carro-pipa onde passa a rede de abastecimento de água existem 3 carros-pipa locados pela Deso e dá o direito de o consumidor reivindicar sua água. As pessoas têm contas pagas mas não vêm atrás do seu direito. A gente tinha um carro-pipa que estava abastecendo aquelas pessoas onde  não passa a rede de água. Mesmo em dia com a Deso, mas preferia pegar a água com o nosso carro, dificultando a distribuição para outros povoados. Tomamos a atitude: hoje foi negociado com a Deso a questão da isenção e parcela-se a dívida por 60 meses sem juros e a pessoa atualiza e se negocia no momento e sai com a autorização para poder retirar 8 mil l por mês na sua residência. Muitos não acreditam, mas quem tem sua conta em dia da região do Tabuleirinho, eles têm esse beneficio em dia".

O líder da oposição, João Ramalho, entrou com o discurso criticando o que ele chamou de arrogância do secretário. "Diante do relato, vemos com que arrogância que veio representar o grupo do 40. Ora o senhor é servidor do povo ou do grupo do 40? Achei de forma arrogante e nem está com essa moral toda para chegar assim. Relata obras de onze anos atrás e muitas não servem mais por estarem acabadas por vários motivos. (...) Devia vir a esta casa duas vezes ao ano para poder se explicar  e chega agora com essa arrogância mostrando que essa administração não está preparada para servir o povo" disparou.

João não titubeou diante do secretário e apontou sua metralhadora tal qual o fizera ao longo do ano nas plenárias. Quis saber de Adauto sobre o abandono da caçamba em Itabaiana, da Amaroc em Aracaju; da patrol na garagem municipal e de oito carros em completo abandono no hospital, incluíndo ambulâncias, combe, odontomóvel etc.. O bombardeio caiu em cima também da inexistência da empresa poço-verdense que vende peças para prefeitura e cujo valor licitado foi de 841 mil reais. Citando o nome dela e da empresa domiciliada em Cícero Dantas/Ba que vende piçarra na ordem de 380 mil reais, Ramalho queria explicação já que o município foi um dos 20 no Estado a tirar no zero em transparência pelo MPF de Sergipe.

"Eu represento o grupo do 40. A caçamba é fato real! A prefeitura tomou as providências e hoje está na oficina Caxangá, em Lagarto. A Amaroc é questão financeira. Não tivemos condição pois está ligada à secretaria de saúde. A patrol... ela está realmente no estacionamento da prefeitura e por falta de recursos não temos condição de comprar os pneus. Há outra em atividade. A empresa que ganhou para o fornecimento de peças  existe sim. É de um ex-funcionário. Ela vai fornecendo de acordo com as necessidades de pagamento do município. O valor orçado não significa que é o valor gasto. A empresa Globo, veja. O senhor já pediu por escrito a justificativa e a resposta será respondida em tempo hábil por escrito como pedido", retrucou Justino.

Doação de terreno aos correligionários - Ramalho também aproveitou o ensejo para saber do secretário de Obras, "quais critérios foram dados para construir um bar no Cecaf? Temos conhecimento de que o  prefeito e o senhor em negociações eleitorais lotearam o calçadão do Cecaf. Dos quais um dos escolhidos por vossa senhoria já construiu um bar. Como pode passar sem autorização do legislativo. Há um tempo atrás foi colocado uma placa para construir uma praça no antigo conjunto Valadares e apenas há os postes e ate hoje nunca terminou. Qual é o destino que vai ser dado o terreno ao lado da praça da juventude. Já que outros espaços foram dados ao lado do INSS que já construíram até uma mansão". Ramalho ainda insistiu sobre o sumiço dos dessalinizadores pelo município e porque não atualizaram o código de obras já que existe um projeto de lei parado na Casa Legislativa desde 2014 que cria o Plano Municipal de Saneamento Básico, o fundo e seu conselho para tal fim; e finalmente, sobre a qualidade das obras. "Quando Gileno fala das casa que não prestam a  gente sabe que o projeto das associações.. A casa era para ser construída com 28 mil e se construía com 14, os outros 14 ninguém sabe!".

Respondendo às denúncias, Adauto afirmou que "teve início à pequena reforma do barracão. A gente começou e não concluiu por falta de recursos. Estamos aguardando recursos para terminar aquela pequena modificação no barracão cultural. Sobre o terreno da praça, essa informação não procede. Eu não tenho conhecimento de que foi doado a terceiros. Todas a providências foram tomadas sobre a mansão. Está em julgamento e quando for julgado, o senhor terá!" Adauto justificou ainda que os dessalinizadores foram recolhidos pelo Dnocse voltarão pelo programa Água Doce. A respeito do projeto de Saneamento básico, "está sendo elaborado pela IDT e está aguardando a validacão da Funasa. Vossa Excelência passou pela pasta também e não atualizou pois é da época de Dr. Milton". Ele ainda comentou sobre a falta de manilhas para cobrir o canal do hospital que é vetor para várias doenças e à crítica do vereador Jaci de Silvino sobre
A precariedade da obra de construção das casas no povoado S.José e Tabuleirinho. Esse tópico será tema de outra matéria pois moradores já fizerem denúncia à CNNPV.


Com o cumprimento do dever legislativo, Adauto deixou o tribuna encerrando de tal maneira o ano da Câmara legislativa.(foto:Tiago Santana)




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