Por Eliz Brandão, no site Vermelho:Em mais um artigo publicado na Folha de S.Paulo, o senador tucano Aécio Neves insulta o conhecimento da sociedade brasileira ao fazer afirmações falsas sobre fatos ocorridos na história recente do Brasil. Ao falar sobre a economia brasileira, Aécio mente sobre qual governo deixou o país nas mãos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“O Brasil precisou percorrer uma longa estrada, que se iniciou com FHC e o Plano Real, em 1994, para ganhar o selo de bom pagador. Em menos de uma década, o governo do PT, com suas políticas equivocadas, nos tirou essa conquista”, afirmou em seu artigo.
Como todos sabem, a conquista foi, na verdade, do governo Lula. E não dá como manipular essa informação. Inclusive, que para fechar as contas de seu mandato, em 2002, o governo FHC foi mais uma vez ao FMI pedir ajuda e recebeu um empréstimo de US$ 41,75 bilhões. Depois de tentar colocar a economia brasileira nos trilhos do desenvolvimento, o governo Lula tomou uma decisão histórica: quitou o restante da dívida contraída por FHC ao Fundo e livrou o país das exigências do FMI.
Naqueles tempos se dizia: "Se o mundo espirrava, o Brasil pegava uma pneumonia”, tamanha sua dependência e fragilidade econômica.
Segundo o doutor em Economia e professor da UFRJ, Antonio José Alves Jr., nos governos de FHC, a fragilidade financeira externa do país era tamanha que não nos dava proteção quanto a choques. No tempo de FHC, “as políticas de austeridade adotadas no Brasil provocaram desemprego e atrasaram o crescimento”, diz o doutor em economia.
As diferenças entre as políticas econômicas dos períodos de FHC e de Lula está na sua política de governo. Segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. João Sicsú, a contabilidade feita pela equipe econômica do governo do presidente Lula mostrou que era mais importante a manutenção do crescimento econômico, do pleno emprego e do bem-estar”.
RankingEm comparativo básico da economia pode-se observar que a melhor posição no ranking do FMI obtida pelo Brasil foi em 2011, quando o país chegou a ser a sexta maior economia mundial, ultrapassando o Reino Unido. À época, o Brasil superou o PIB inglês em cerca de US$ 37 bilhões – atrás apenas dos EUA, China, Japão, Alemanha e França. No fim do governo FHC, em 2002, o país estava na 13ª posição o ranking mundial.
Até mesmo o próprio jornal conservador Folha de S. Paulo na coluna "Opinião”, em 12/7/2004, admitiu que “o monstruoso endividamento público gerado ao longo do governo FHC foi, realmente, uma “herança maldita” ao ter-se transformado num limitador persistente e fundamental do crescimento econômico” do Brasil.
Classificação e grau de investimentoFonte: IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gas e Biocompustíveis)Foi em janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, adiada em função da reeleição obtida um ano antes, que o chamado risco-Brasil atingiu seu nível mais baixo. Com nota B-, o Brasil foi classificado pela S&P como "altamente especulativo".
Apenas em 30 de abril de 2008, já no governo Lula, o Brasil atingiu o chamado "grau de investimento", com a nota BBB-. A promoção veio em 17 de janeiro de 2011, com a classificação BBB.
Em pontos, o Risco Brasil, no final de 2002, fechou em 1.446 pontos-base, depois de atingir o recorde histórico no final de setembro daquele ano com 2.436 pontos-base. Hoje, de acordo com o Portal Brasil o risco-país está em torno de 540 pontos.
Mas segundo artigo de Aécio, os prejuízos do rebaixamento da nota de risco do Brasil, “já é a maior das últimas décadas”.
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