Agência Nacionalista de Petróleo
Geral

Agência Nacionalista de Petróleo



Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

A postura do governo de forma geral e da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em particular, merece duras críticas no trato do vazamento de óleo no Campo de Frade. Há um forte cheiro de nacionalismo xenófobo no ar, somado ao típico sensacionalismo do governo. Acidentes neste setor acontecem, e não pretendo eximir a Chevron de responsabilidade ou mesmo de reações condenáveis após o vazamento. Mas é fundamental ter regras claras e, principalmente, isonômicas no setor.

O encontro entre o presidente para a América Latina da empresa americana, que opera no país há décadas, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, teria sido tensa, segundo fontes. O presidente teria reclamado que soube da suspensão da autorização para novas perfurações por meio da imprensa, antes de ser notificado oficialmente. "A manchete da CNN foi: Chevron não pode mais operar no Brasil. Uma empresa do nosso porte não pode ser tratada dessa forma", disse o presidente. O executivo teria reclamado ainda das acusações da Polícia Federal de que a companhia tinha empregados no país sem visto de permanência.

Lobão teria dito que a empresa tem o direito de se defender, mas que o governo “tem que dar uma resposta à opinião pública”. Esta é uma rota perigosa, que costuma levar ao linchamento em praça pública de algum bode expiatório para acalmar as massas. O governo tem é que aplicar as leis de forma objetiva, procurar meios de conter o problema e depois adotar medidas para prevenir novas ocorrências do tipo. Sem sensacionalismo ou irresponsabilidade.

A Chevron é uma empresa que atua em vários países, com um valor de mercado de quase US$ 200 bilhões, milhares de acionistas e tinha inclusive a Petrobras como sócia minoritária no Campo de Frade, onde ocorreu o desastre. A notícia de que a empresa não poderia mais operar no Brasil fez suas ações despencarem. O que o governo pretende com este tipo de “vingança” infantil? Acabar de vez com a segurança dos negócios no setor, para a Petrobras reinar absoluta e monopolista novamente? Ou será que a ANP reagiria da mesma forma se o poço vazado fosse operado pela própria Petrobras?

O setor de petróleo é bastante estratégico. Esta costuma ser a desculpa utilizada para se defender maciça intervenção estatal em todas as etapas do negócio (incluindo financiamento multimilionário do BNDES para a Lupatech, prestes a falir). Penso justamente o contrário: o setor é estratégico demais para ficar tanto em mãos estatais!




- Anp Suspende Operações Da Chevron
Por Altamiro Borges Em nota divulgada hoje à tarde (23), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a suspensão de todas as operações da multinacional estadunidense Chevron no Brasil. A nota afirma que a medida...

- Chevron Tentou Roubar O Pré-sal?
Por Altamiro Borges O grave vazamento de petróleo na Bacia de Campos gera inúmeras interrogações. Como a multinacional estadunidense conseguiu ocultar por tantos dias o acidente? Por que a mídia corporativa, que vive das tragédias para aumentar...

- Chevron Assume A Culpa. E A Mídia?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço: A nossa grande imprensa “papou mosca”, de novo. E de novo em um assunto de imensa gravidade. O presidente da Chevron no Brasil, Charles Buck, disse ontem à noite que a empresa foi culpada pelo vazamento, por...

- Se Fosse A Petrobras… Mas é A Chevron
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço: Ainda não se pode dizer quais são as causas do acidente que provocou o vazamento de, ao que parece, uma pequena quantidade de petróleo no campo de Frade, operado pela petroleira norteamericana Chevron, a 350 km...

- Resgatando O Monopólio Da Petrossauro
Acusações contra executivos da Chevron ameaçam planos de novos investimentos Por Daniel Gilbert e John Lyons | The Wall Street Journal A intenção de promotores brasileiros de apresentar acusações criminais contra executivos da Chevron devido aos...



Geral








.