Por Altamiro BorgesO Estadão, que evita ao máximo incomodar os tucanos, publicou uma curiosa notinha nesta quinta-feira (11): “Nos programas eleitorais na TV, Alckmin tem acusado Skaf de omitir seus aliados, como os ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e Gilberto Kassab (PSD) e o ex-governador Luiz Antonio Fleury (PMDB). Segundo a campanha, Fleury foi o governador responsável pela falência do Estado. Em entrevista concedida nessa quarta-feira, 10, ao ‘Estado’, o candidato a vice na chapa presidencial de Aécio Neves (PSDB), Aloysio Nunes, criticou a postura de Alckmin e disse que ele deveria ‘colocar o burro na sombra’. Aloysio foi vice na gestão de Fleury. ‘Acho que mostrar as companhias não ofende ninguém’, afirmou o governador”.
As bicadas entre os dois tucanos confirmam que o clima não anda nada bom no ninho. O senador Aloysio Nunes, o serrista que ocupou a vice na chapa de Aécio Neves, já percebeu que terá de colocar o “burro na sombra” diante da humilhante derrota do cambaleante presidenciável do PSDB. Já o governador Geraldo Alckmin, que vive às turras com os serristas, deve estar preocupado com as últimas pesquisas eleitorais. Ele continua na dianteira, mas assiste pelo retrovisor o crescimento das candidaturas de Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). Diante deste perigo, ele não vacila em atacar, de forma indireta, o próprio correligionário Aloysio Nunes, que foi vice-governador de Luiz Antonio Fleury. Dane-se!
Para garantir a hegemonia dos tucanos em São Paulo – que já dura quase duas décadas e quase paralisou o Estado –, Geraldo Alckmin também não tem dado muita atenção à candidatura de Aécio Neves. Nas eleições de 2006, o mineiro traiu o paulista. Então, ele nem tem do que reclamar. O governador paulista tem como vice o deputado Márcio França (PSB), que também é coordenador financeiro da candidata-carona Marina Silva. Como se observa, a convivência no ninho é complicada. Haja pragmatismo, para não dizer oportunismo. Vale ainda citar FHC, o rejeitado, que recentemente escreveu um artigo saudando a “unidade tucana”. “Ele deve estar gagá”, como afirmou no passado José Serra.
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