Por Altamiro BorgesPara quem ainda duvida do potencial de mobilização das redes sociais vale a pena conhecer a nova estratégia de Geraldo Alckmin, o governador tucano com histórica cultura autoritária – forjada, talvez, no interior da seita direitista Opus Dei. Segundo a Folha de hoje (31), o Palácio dos Bandeirantes acaba de instituir um “gabinete antiprotesto”, que tem como objetivo rastrear a internet.
Segundo a repórter Daniela Lima, o governo paulista “passou a monitorar manifestações organizadas nas redes sociais para evitar que o governador seja alvo de protestos em agendas públicas. Nos últimos seis dias, Alckmin não foi a dois eventos em que sua participação estava prevista. Ambos foram marcados por atos contra o governo, detectados antes pelas cúpulas da Casa Civil e da Comunicação do Palácio”.
Ovos e sacos de chuchuA primeira ausência se deu na missa realizada na catedral da Sé em homenagem ao aniversário de São Paulo. Com isso, o tucano evitou passar pelos mesmos constrangimentos do prefeito Gilberto Kassab, alvo dos manifestantes que protestaram contra a operação “dor e sofrimento” na Cracolândia e a violenta desocupação dos moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos.
Já no sábado passado (28), Geraldo Alckmin furou sua agenda oficial ao não participar da inauguração da nova sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Na ocasião, os manifestantes levaram sacos com chuchus – numa referência ao apelido dado por José Simão, irreverente colunista da Folha, que batizou o governador de “picolé de chuchu”.
Governo nega, mas Folha confirmaO governo paulista nega que esteja com medo dos protestos populares. Segundo nota da sua assessoria de imprensa, “a hipótese [de que Alckmin está evitando as manifestações] é um desrespeito à história do governador e uma tentativa de travestir grupelhos truculentos de movimentos democráticos”. Mas a Folha, insuspeita por suas íntimas relações com o tucanato, garante:
“As manifestações, organizadas com auxílio de militantes de partidos que fazem oposição ao governador, são monitoradas pela subsecretaria de Comunicação e por um assessor de Alckmin”. Como se observa, as redes sociais não fazem barulho somente no “Ocupe Wall Street”, nos protestos na Espanha ou nas revoltas no mundo árabe. Elas já incomodam os conservadores no Brasil!
Reações na internetDiante da notícia do monitoramento da internet, alguns ativistas criaram na manhã desta terça-feira a tag #jogodogabinete, que já alcançou o topo do twitter. O objetivo do protesto virtual é incentivar o bloqueio do perfil do governador Geraldo Alckmin, a fim de que ele seja expulso do micro blog por sua postura de rastrear as manifestações populares.
Por Altamiro Borges Em tom fúnebre, a mídia chapa-branca registrou no início da tarde desta sexta-feira (4): os jovens que ocuparam mais de 200 escolas públicas em São Paulo derrotaram o truculento governador tucano. A brutalidade da tropa de choque...
Por Altamiro Borges Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (4) mostra que o governador Geraldo Alckmin ficou bem chamuscado com a imposição da chamada "reorganização escolar". Nas redes sociais e nas ruas, com vibrantes passeatas de estudantes...
Por Altamiro Borges Pegou mal nas redes sociais a denúncia de que o governador tucano Geraldo Alckmin bancou R$ 1,5 milhão dos cofres públicos em publicidade nas 'revistas' do empresário-golpista João Doria Jr. - entre elas, na desconhecida...
Por Altamiro Borges Durante um evento em Cuiabá neste fim de semana, que marcou a filiação do tucano enrustido Pedro Taques (governador do Mato Grosso) ao PSDB, o "picolé de chuchu" Geraldo Alckmin surpreendeu a plateia de apaniguados ao fazer um...
Por Altamiro Borges O “picolé de chuchu” é mesmo muito sonso e dissimulado. Nesta quarta-feira (29), passados três dias do segundo turno das eleições, finalmente Geraldo Alckmin pediu socorro ao governo federal para enfrentar a grave crise de...