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Amaury x FHC: a privataria é imortal!
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Da Rede Brasil Atual:Um grupo de jornalistas e acadêmicos decidiu ironizar as intenções do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Em abaixo-assinado lançado na internet, o “antídoto” oferecido à possibilidade de o tucano se transformar em “imortal” é Amaury Ribeiro Júnior, autor de Privataria Tucana, livro lançado em 2011 e logo alçado à lista dos mais vendidos, apesar de ignorado por parte da mídia tradicional.
O texto é apoiado pelos professores Ladislau Dowbor, Gilberto Maringoni e Reginaldo Nasser, pelos economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Marcio Pochmann, pelo ex-ministro Samuel Pinheiro Guimarães e por jornalistas e blogueiros como Altamiro Borges, Breno Altman e Paulo Henrique Amorim.
O abaixo-assinado promove desde o começo a ironia em relação à própria ABL, pedindo que volte a acolher um jornalista, como fez com Roberto Marinho, das Organizações Globo, recordado pelo editorial redigido em 2 de abril de 1964 a favor do golpe que levou à ditadura (1964-1985).
Para os apoiadores da candidatura de Amaury, é justo que Merval Pereira, colunista de O Globo, seja acompanhado por um colega de profissão dentro da Academia de Letras. “Merval Pereira, com a riqueza estilística de um Ataulfo de Paiva, sabe transformar jornalismo em literatura; a tal ponto que – sob o impacto de suas colunas – o público já não sabe se está diante de realidade ou ficção”, brinca o texto.
“A Privataria é imortal! Mas o caminho de Amaury Ribeiro Junior rumo à imortalidade, bem o sabemos, não será fácil. Quis o destino que o principal contendor do jornalista na disputa pela cadeira fosse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, continua o abaixo-assinado, que passa a abordar as relações entre a obra do jornalista e as vendas de empresas públicas promovidas pelo tucano.
Durante o governo do PSDB (1995-2002), segundo Amaury, foi criado um esquema de evasão de divisas que teria contado com a participação de Verônica Serra, filha do então ministro do Planejamento, José Serra, e com Gregorio Preciado, primo dele.
“As críticas ao ex-presidente, sabemos todos nós, são injustas. Homem simples, quase franciscano, FHC não quis vender o patrimônio nacional por valores exorbitantes. Foi apenas generoso com os compradores – homens de bem que aceitaram o duro fardo de administrar empresas desimportantes como a Vale e a CSN. A generosidade de FHC foi muitas vezes incompreendida pelo povo brasileiro, e até pelos colegas de partido – que desde 2002 teimam em esquecer (e esconder) o estadista Fernando Henrique Cardoso”, ironiza o texto, que conclui: “Se FHC ganhar a indicação, a vitória será da Privataria. Mas se Amaury for o escolhido, aí a homenagem será completa: a Privataria é imortal!”
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