Amazonense será executado no domingo na Indonésia
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Amazonense será executado no domingo na Indonésia


O governo da Indonésia marcou para o próximo domingo (18), a execução do amazonense Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, preso naquele país desde 2004, quando foi preso ao tentar entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas foi preso duas semanas depois. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico de drogas.

A execução do brasileiro, que é filho de uma família tradicional de Manaus (AM), ocorrerá na madrugada na prisão de Pasir Putih (a 400 quilômetros da capital). Pelo horário de Brasília, o ato será às 15 horas. 

Na Indonésia, Marco Archer conta com apoio da tia, a advogada Lourdes Archer Pinto, que viajou na manhã da última quarta-feira (14) de Manaus para Jacarta e de lá seguirá direto para o presídio. Além dele, outro brasileiro receberá a mesma sentença: Rodrigo Gularte, paranaense. 

Sem clemência - O presidente da Indonésia não atendeu a apelos da presidente Dilma Rousseff para poupar a vida de dois brasileiros presos no país asiático e condenados à morte por tráfico de drogas, segundo informou nesta sexta-feira (16) o assessor especial para assuntos internacionais do Brasil, Marco Aurélio Garcia.
Dilma conversou por telefone nesta sexta com o presidente indonésio, Joko Widodo. 

"Não houve sensibilidade por parte do governo da Indonésia para o pedido de clemência do governo brasileiro. Em princípio, a execução deve se dar à meia-noite de domingo, hora de Jacarta, às 15h no horário de Brasília", informou Garcia.

Ainda de acordo com o assessor de Dilma, o governo brasileiro fez uma série de tentativas para conversar com o presidente indonésio antes de ser finalmente atendido.

"A presidente manifestou seu desejo de conversar por telefone com o presidente da Indonésia e, particularmente, há cerca de oito dias, nós convocamos o embaixador da Indonésia no Brasil aqui no Palácio do Planalto para transmitir esse desejo da presidente Dilma. Como não havia resposta, nós convocamos o embaixador uma segunda vez para informar que, para nós, parecia urgente que essa conversa telefônica pudesse ocorrer. Depois de uma série de iniciativas, hoje, pela manhã, às 8h pelo horário de Brasília, a presidente pôde conversar por telefone com o presidente da Indonésia", informou.

Em nota, o governo brasileiro informou que o presidente Widodo disse “compreender” o apelo da presidente Dilma com os cidadãos brasileiros, mas ressaltou que não poderia reverter a sentença de morte imposta a Archer, “pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal.”

Garcia disse que Dilma lamentou profundamente a decisão da Indonésia e que a postura do país asiático joga uma "sombra" nas relações entre os dois países.

“A presidente lamentou essa posição do governo indonésio e chamou atenção para o fato de que essa decisão cria, sem dúvida, sombras nas relações entre os dois países”, completou o assessor da Presidência.

As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo, e contam com o apoio da população. "Com isso (as execuções), mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes", relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.

Além do brasileiro, há entre os condenados um indonésio, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita. Apesar de a Indonésia não ter realizado nenhuma execução durante o ano de 2014, está previsto para este ano o fuzilamento de 20 prisioneiros.

De acordo com jornais locais, as autoridades do país afirmam que já foram preparados “o esquadrão de tiro, um clérigo e médicos”, e que as execuções ocorrerão simultaneamente. A Procuradoria explica ainda que os condenados são avisados da execução com três dias de antecedência para que possam se preparar mentalmente e para que façam seus últimos pedidos.

Rodrigo Gularte também foi preso em 2004, mas a data da execução da pena ainda não foi definida.

Com informações das agências internacionais




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