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Amazônia pode produzir etanol a partir da bata-doce
A Sudam está promovendo ciclos de palestras sobre as possibilidades de se produzir etanol na Amazônia e nesta terça-feira (11), recebe o reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Márcio Silveira, que falará sobre a utilização da batata-doce industrializada como matéria prima de alta produtividade para a produção de Etanol anidro e hidratado. O evento ocorrerá às 15 horas, na sala de reunião da Diretoria Colegiada da Sudam, no bairro do Marco, em Belém.
A palestra contará também com a presença do técnico Erivan Bueno, da CIMASP- Comércio e Indústria de Equipamentos, empresa que desenvolveu os equipamentos específicos para a produção piloto de etanol que já acontece nas pesquisas desenvolvidas no Tocantins. A palestra é aberta para convidados e a imprensa.
A UFT pesquisa há vinte anos sobre a viabilidade do uso de um tipo de batata industrial capaz de conseguir uma produtividade superior à da cana-de-açúcar na produção do etanol, tanto o hidratado como o anidro.
Tomando conhecimento do trabalho, a Sudam, por meio de convênio, tem apoiado as pesquisas buscando, inclusive, empresas produtoras de bens de capital para o desenvolvimento de um conjunto de equipamentos capazes de produzir etanol com a qualidade exigida pelas normas vigentes. Assim, desenvolveu-se a Usinaflex, criada pelo CIMASP, empresa que há 15 anos atua no fornecimento de equipamento de grande porte para o setor público e privado.
Com isso, a Sudam busca uma solução sustentável que possibilite a produção de etanol na Amazônia sem a utilização da cana-de-açúcar, já que o plantio deste produto na Amazônia é inviabilizado pelo zoneamento agroecológico dessa cultura, de acordo com o Decreto Presidencial nº 6961/2009 de 17/09/2009.
A tecnologia para fabricação de etanol a partir da batata-doce industrializada significa uma alternativa de alta produtividade para superar esta limitação e promover o desenvolvimento econômico e a inclusão social na região.
As pesquisas são essenciais para que a Região não continue dependente do etanol produzido nas regiões sudeste e nordeste, já que os altos custos de logística não permitem, atualmente, que o preço do etanol hidratado seja igual ou inferior a 70% do preço da gasolina e, por conseguinte não favorece o uso desse combustível ambientalmente mais adequado na maioria dos Estados amazônicos. O mesmo ocorre com o etanol anidro, também pela mesma razão de grande distância que separa a sua produção atual da grande maioria dos estados da Região.
Ascom/Sudam
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