A antibioticoterapia veterinária tem-se desenvolvido bastante com o decorrer do
tempo. Entretanto, principalmente no que se refere à Clínica de Pequenos Animais, os
Médicos Veterinários ainda encontram profundas limitações.
Em tempos nos quais acompanhamos o surgimento de bactérias super
resistentes, e de antibióticos ainda mais potentes, torna-se evidente a necessidade de
reavaliarmos a antibioticoterapia Veterinária para que possamos aumentar a vida útil
dos antibióticos de uso corrente.
Muitas vezes, a falta de conhecimento técnico, com relação aos mecanismos de
ação de cada base, seu espectro de ação, seus efeitos tóxicos, principais indicações e
informações sobre resistência cruzada com outros antibióticos, aliado à insuficiência de
arsenal terapêutico específico da linha Veterinária e à falta de recursos laboratoriais,
fazem com que boa parte dos Clínicos de Pequenos Animais utilizem, de forma
indiscriminada em suas terapias, potentes antibióticos de amplo espectro de ação, os
quais deveriam ter seu uso restrito como alternativa terapêutica. O resultado desta
conduta é uma maior pressão de seleção sobre os microorganismos, forçando o
surgimento de microorganismos resistentes. Extrapolando, a proximidade da
convivência entre animais de estimação e o ser humano, provavelmente contribui para
que estes microorganismos alcancem o ser humano, criando dificuldades terapêuticas
médicas, uma vez que o arsenal terapêutico da medicina humana é, na maior parte das
vezes, compartilhado com a Medicina Veterinária.
Este trabalho visa fornecer informações ao clínico Veterinário de Pequenos
Animais, contribuindo para que este possa aperfeiçoar sua conduta clínica no que se
refere à antibioticoterapia.
Na primeira parte, busca-se fazer uma análise das principais classes de
antibióticos de utilização na Clínica de Pequenos Animais, abordando seu mecanismo
de ação, seus efeitos tóxicos e outras informações relevantes. Quando pertinente, serão
analisadas bases específicas. Na segunda parte, serão abordadas sugestões de
tratamentos antibióticos empíricos, seja com base no sítio da infecção, seja com base no
microorganismo identificado. A abordagem destes temas ganha importância visto que
nem sempre, o Médico Veterinário pode contar com uma estrutura laboratorial que
permita a realização de cultura e antibiograma para que ele possa assim, instituir uma
antibioticoterapia adequada. Nesta parte aborda-se também a técnica de coloração de
Gram para que, ao realizá-la, possa-se ter uma idéia, o mínimo precisa possível, do
agente causal. Em um terceiro momento, abordaremos cada base terapêutica, citando
sua respectiva dose terapêutica recomendada pela bibliografia consultada para sua
utilização em pequenos animais. Quando a dose recomendada para cães for diferente da
dose recomendada para gatos, esta será especificada.
Na última parte, um levantamento de medicamentos comercialmente disponíveis
nas linhas Humana e Veterinária, bem como suas apresentações é abordado, visando
facilitar ao Médico Veterinário o ato de sua prescrição.
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