A aposentada Francisca Alves Rodrigues, de 61 anos, residente no Bairro São Francisco em Cocal, recebeu uma ligação anônima de uma mulher pedindo socorro. No telefone a senhora escutava "socorro mãe, me salva, me salva". Assustada e sem entender muito a situação, ela acabou sendo vitima do trote do falso sequestro e perdeu uma quantia de R$ 1.000 (um mil reais).
De acordo com a vitima, ao atender a ligação telefônica, a senhora escutou a voz da mulher pedindo socorro, que dava a entender que era uma de suas filhas, que atualmente residem em Fortaleza-Ceará. Em seguida ela falou com um homem, que dizia ter sequestrado uma de suas filhas e estava com ela dentro de um carro, caso o valor exigido não fosse pago imediatamente, ele atiraria na cabeça dela. Ele pediu o valor de R$ 50.000 (cinquenta mil reais) para por a sequestrada em liberdade e exigiu que o telefone não fosse desligado e que não avisasse ninguém, principalmente a polícia.
"A voz da mulher era muito parecido com uma das minhas filhas. Falei que era muito pobre e morava no interior e que não tinha todo aquele dinheiro. Eu fiquei muito nervosa e passei o telefone para uma filha que mora comigo, depois de mais de uma hora de negociação tensa, os dois fecharam o valor do resgate em mil reais", relembra a vítima.
Sem ter o valor em mãos para pagar o resgate, a saída encontrada pela aposentada foi pedir dinheiro emprestado. Ao conseguir levantar a quantia, ela imediatamente se deslocou até a casa lotérica, no centro da cidade, onde foi depositado o dinheiro em uma conta corrente em nome de Carolina Soares de Souza.
Após fazer o depósito, o bandido ainda pediu para que a vitima rasgasse o comprovante da transação bancaria perto do telefone para que ele pudesse ouvir. Ela rasgou outro papel e guardou o comprovante. Depois de mais de uma hora de falsas negociações, o criminoso disse que ela poderia ligar para o telefone da filha, que a mesma já estava liberta.
Ao chegar em casa, a aposentada ligou para o celular da filha e a primeira pergunta feita foi se ela estava liberada. Ela respondeu que estava no trabalho e bem. A mãe informou o que tinha acontecido e relatou sobre o trote.
Depois de falar com a filha, a aposentada voltou a casa loteria e pediu o bloqueio do depósito na conta bancária onde havia depositado o suposto resgate. Mas foi informada que a operação não poderia mais ser realizada porque já havia passado muitas horas. Só foi possível saber que é do Rio de Janeiro a origem da conta bancaria dos criminosos .
A mulher foi orientada a procurar a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o ocorrido. A policia não pode fazer muito pelo caso, já que toda a ação criminosa se desencadeou em outro estado.
Com informações do meionorte.com