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A dez dias das eleições parlamentares espanholas, tudo indica que a direita vai ganhar pela terceira vez consecutiva. Resta saber se com maioria absoluta – como sugerem as sondagens – ou não.
Quais as razões para mais esta previsível vitória do PP e mais um insucesso do PSOE?
A principal razão está obviamente na boa saúde da economia espanhola, que passou airosamente, com taxas de crescimento invejáveis, a fase baixa do ciclo económico europeu e mundial. Ora, em condições normais, os eleitores votam essencialmente com a carteira, tanto mais que o PSOE continua a não inspirar confiança na área da gestão económica e financeira (uma pecha que a esquerda tarda em superar...), por mais que tenha a simpatia da maioria dos eleitores noutras áreas, como a política social, a cultura, por exemplo.
Em segundo lugar, o PP dá mais segurança quanto à manutenção da unidade política da Espanha contra as ameaças centrífugas, pela sua oposição firme às propostas “soberanistas” provindas do País Basco e da Catalunha, enquanto que o PSOE, com a sua tradicional atitude de apoio à descentralização política, aliena o apoio dos “unitaristas” sem conquistar o voto autonomista, o qual favorece em geral os partidos nacionalistas.
Por último, o PSOE foi vitimado por alguns casos que geraram desconfiava nos eleitores, designadamente a questão das eleições na Comunidade de Madrid, no ano passado, quando dois dos seus eleitos se passaram para o adversário logo depois da vitória tangencial, provocando novas eleições e a subsequente derrota, bem como o caso mais recente da aliança de governo com a esquerda republicana na Catalunha, fortemente abalada pelo encontro secreto do representante do partido catalão (Carod Rovira) com a ETA, que deu enormes trunfos ao PP e embaraçou sobremaneira o PSOE.
Decididamente, se a previsão da derrota se confirmar, as coisas não vão bem para a esquerda na Europa, especialmente na Península Ibérica. Um terceiro mandato consecutivo no poder é muito tempo!

Vital Moreira




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