As batalhas de Dilma para manter seu favoritismo rumo à reeleição - MURILLO DE ARAGÃO
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As batalhas de Dilma para manter seu favoritismo rumo à reeleição - MURILLO DE ARAGÃO


O TEMPO - MG - 19/02


No amanhecer de 2014, Dilma Rousseff parece lutador de videogame: cercado de muitos adversários e tendo que combater todos ao mesmo tempo.

A lista de seus incômodos adversários é grande e de tipos variados. Existem adversários internos e externos ao seu governo. Existem adversários conjunturais, políticos e midiáticos. Vamos fazer um inventário.

Comecemos pelos adversários internos. Dilma luta contra quatro tipos de adversários: aqueles no PT que querem a volta de Lula; os dissidentes da base governista em geral e, em especial, no PMDB, que está rachado e deve marchar para a campanha assim; e, por fim, a própria incompetência do governo em entregar resultados e/ou fazer trapalhadas.

O PMDB é o que mais preocupa pelo fato de ter uma das melhores estruturas partidárias do país.

No âmbito externo, Dilma enfrenta os dois polos da oposição: PSDB e PSB; a má vontade de setores da grande imprensa; a má vontade dos empresários; e a desconfiança do mercado financeiro.

Para piorar, enfrenta uma conjuntura adversa com incertezas nos campos econômico e social. Em particular, no que se relaciona com o crescimento econômico, o câmbio, o emprego e a inflação, além das incertezas da Copa do Mundo.

Olhando o quadro estadual, as dificuldades de Dilma são muitas. No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) terá uma campanha difícil. Mesmo que a senadora Ana Amélia Lemos (PP) venha a apoiar Dilma (hipótese pouco provável), não deverá ser um apoio forte e apaixonado.

A partir do Paraná e até o Pará, passando por São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Tocantins, o PSDB terá estruturas de campanha fortes. No Rio de Janeiro, onde Dilma foi muito forte, a situação já não é tão boa. Em Pernambuco também, onde Eduardo Campos pontifica.

Na Bahia e no Ceará, Dilma pode enfrentar dificuldades. Na Bahia, o candidato do governo Jaques Wagner (PT), Rui Costa (PT), terá pela frente o candidato da aliança DEM, PSDB e PMDB, que poderá ser o ex-governador Paulo Souto (DEM) ou então o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

No Ceará, por conta da resistência do PT a apoiar a candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB) a governador, pode ocorrer um entendimento entre PMDB e PSDB. Os tucanos poderiam apoiar Eunício em troca do apoio do PMDB à candidatura de Tasso Jereissati (PSDB) ao Senado.

Além dos problemas políticos dos palanques estaduais, Dilma terá que conviver com a ameaça de um racionamento energético. O governo, que antes havia descartado a possibilidade de apagão, agora já admite essa possibilidade, mesmo dizendo que ela é ?baixíssima?. Sem falar nos problemas de infraestrutura (aeroportos, portos, estradas), que poderão se tornar mais visíveis em função da Copa.

Com tantos adversários e dificuldades, Dilma será exigida ao máximo para manter o seu favoritismo rumo à reeleição. Não será o passeio que muitos, inclusive de seu time, achavam.

Dilma terá muitas frentes e adversários para combater. Considerando a qualidade inconsistente de seu grupo, a dificuldade de dialogar e o fato de que o PT anda dividido com relação à direção da campanha, não será tarefa fácil.

Em especial, porque uma campanha necessita de vetores de agregação, e não de confronto. Parece que o PT está se orientando na direção oposta aos rumos tomados para a construção do ?lulismo?. Parece, também, que Dilma percebe isso, mas não reage como deveria para se estabelecer como líder inconteste do atual momento político do país.




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