As incoerências de Aécio Neves

Já o líder do maioria, Gustavo Valadares (PSD), nega que o governo mineiro faça pressão contra a criação de comissões. "O que nós não deixamos é que, de forma irresponsável, se criem CPIs apenas para desestabilizar um governo que vem dando certo", afirma. Já contra o governo Dilma Rousseff, Valadares acha que a investigação é válida. "As obras de mobilidade e infraestrutura estão todas atrasadas."

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Esta não é a única incoerência de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano. Nos últimos dias, o senador mineiro, famoso por sua truculência, tentou pegar carona nos protestos de rua que agitam o país, mas não colheu bons frutos. O governo do seu apaniguado em Minas Gerais foi alvo de várias e gigantescas manifestações e abusou da violência policial contra os participantes. Como resultado, Aécio Neves empacou na pesquisa Datafolha e viu ressurgir a possibilidade da candidatura do paulista José Serra, seu rival e eterno candidato do PSDB.

Sem programa e sem rumo, o preferido de FHC também resolveu produzir factoides para se aproveitar do conturbado cenário político. Entre outras propostas, ele defendeu a redução do número de ministros do governo Dilma como panaceia para resolver os problemas nacionais. Pura demagogia! Como lembrou o blog Amigos do Presidente Lula, Aécio Neves precisa explicar porque mantém 25 assessores em seu gabinete em Brasília. “O senador não tem qualquer função executiva como tem a presidenta para justificar essa quantidade de assessores... Se o tucano quer passar uma imagem de austeridade, deveria começar pelo seu próprio gabinete”.

Como os velhos udenistas, mais sujos do que pau de galinheiro, Aécio Neves também tem afirmado que a corrupção é a principal causa da recente onda de protestos. O novo presidente do PSDB é muito cínico. Ele não tem moral para falar deste tema. Afinal, como já revelou um levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o seu partido é um dos campeões em corrupção no país. No ranking das cassações de mandatos, o PSDB aparece em terceiro lugar, com 58 punidos – depois do DEM (69) e do PMDB (66). Quanto ao chamado “mensalão”, ele devia evitar o assunto para não magoar o seu parceiro, o ex-governador tucano Eduardo Azeredo.