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Ato contra a violência na "Cracolândia"
Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual:
Um ato em repúdio à ação da polícia civil na região conhecida como Cracolândia, na Luz, centro de São Paulo, está sendo chamado via Facebook. A concentração deve ocorrer a partir das 15h, na frente da Secretaria Estadual de Segurança Pública, na rua Líbero Badaró, no centro. Até as 9h da manhã, cerca 1,8 mil pessoas já haviam confirmado presença. Mais de 54 mil haviam sido convidadas.
Na descrição do evento, o organizador afirma que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "resolveu boicotar o projeto do prefeito de ação na cracolândia". O organizador do evento, classifica a ação da polícia como “sórdida, suja e baixa”, e afirma que a ideia do governador é “de invadir os hotéis onde se hospedaram os usuários atendidos pelo programa municipal”.
Sem comunicar a prefeitura de São Paulo, a Polícia Civil foi à região do centro da capital conhecida como “cracolândia” reprimir dependentes químicos justamente no momento em que a gestão municipal de Fernando Haddad (PT) realiza um programa social com essa população. Agentes do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) acuaram pessoas que estavam na Rua Barão de Piracicaba.
A operação foi realizada pouco mais de uma semana depois do início do Programa Braços Abertos, da administração Haddad, que buscava alterar o paradigma com que se enxergam os dependentes que residem na cracolândia. Haddad classificou a ação como lamentável. Ele ainda afirmou que o programa está mantido e que comunicou ao governador sua indignação.
Para o secretário da Coordenação das Subprefeituras, Chico Macena, a ação pode comprometer o programa, cujo sucesso até agora foi conquistado graças ao diálogo e a confiança obtidos junto a usuários de drogas que frequentam a região.
A operação era bem avaliada pela gestão Haddad, que esperava mais dificuldades do que as surgidas até agora, e diariamente os secretários responsáveis pelo trabalho têm feito vistorias.
A primeira fase da operação consistiu na desmontagem dos barracos usados como moradia nas ruas Dino Bueno e Helvétia. Em seguida os moradores foram encaminhados a hotéis alugados pela prefeitura naquela região.
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