Balança comercial registra em 2014 o pior resultado desde 1998
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Balança comercial registra em 2014 o pior resultado desde 1998


A balança comercial brasileira registrou em 2014 déficit (exportações menos importações) de US$ 3,930 bilhões, o primeiro desde 2000, informou nesta segunda-feira (5) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O resultado do ano passado também é o pior do comercio exterior brasileiro desde 1998, quando as compras para outros países superaram as vendas em US$ 6,623 bilhões. O conjunto das importações feitas pelo Brasil em 2014 somou US$ 229 bilhões e as exportações totalizaram US$ 225,1 bilhões. As compras, portanto, superaram as vendas para o exterior em US$ 3,9 bilhões no ano passado.

Antes de 2014, a última vez que o país registrou déficit no comércio exteriorfoi em 2000, quando as importações superaram as exportações em US$ 731,7 milhões. Em 2013, o Brasil havia registrado superávit (exportações superiores às importações) de US$ 2,384 bilhões. Apesar disso, o resultado já era o pior dos últimos 13 anos.
O secretário de Comércio Exterior, Daniel Marteleto Godinho, destacou 3 fatores que contribuíram para o déficit em 2014: queda no preço das commodities maior que a esperada, principalmente do minério de ferro; crise econômica na Argentina, país que é um dos nossos principais compradores; e os gastos do Brasil com importação de combustíveis, que apresentaram melhora no ano passado mas ainda são considerados muito elevados.
O Mdic também divulgou nesta segunda que, em dezembro de 2014, o Brasil registrou superávit de US$ 293 milhões. No mês passado, as exportações somaram US$ 17,491 bilhões e, as importações, US$ 17,198 bilhões. Queda nas exportações
O valor das exportações brasileiras em 2014, de US$ 225,1 bilhões, é o mais baixo desde 2010, quando foi vendido ao exterior um total de US$ 201,9 bilhões. Em 2013 o país exportou US$ 242 bilhões.

Levando-se em consideração o valor médio diário, no ano passado as exportações para a Ásia foram 5,3% menores. As vendas para a China, que em 2013 atingiram US$ 46,026 bilhões, em 2014 ficaram em US$ 40,6 bilhões, 11,8% menos. Já as vendas para os países do Mercosul foram 15,2% menores -- passaram de US$ 29,533 bilhões em 2013 para US$ 25,053 bilhões em 2014. As exportações para a Argentina puxaram esse resultado ao registraram queda de 27,2% (US$ 19,615 bilhões em 2013 ante US$ 14,282 bilhões em 2014).
EUA superam Argentina em destino de manufaturados
?A Argentina está oficialmente em recessão e isso atingiu muito a economia brasileira?, disse Godinho. Essa situação, informou ele, fez o país vizinho perder para os EUA, em 2014, a posição de principal destino de produtos manufaturados brasileiros, que ocupava desde 2009.

As exportações de manufaturados para os EUA no ano passado atingiram US$ 13,7 bilhões. O total desses produtos vendido para a Argentina chegou a US$ 12,8 bilhões.

De acordo com Godinho, de 15 país que são os principais mercados para o Brasil, em 10 houve queda na demanda por produtos no ano passado.
Já as importações, que totalizaram US$ 229 bilhões em 2014, também caíram e são as menores desde 2012 (US$ 223,1 bilhões). Em 2013, as importações somaram US$ 239,6 bilhões.

Queda do preço das commodities
O secretário de Comércio Exterior apontou que a queda no preço das commodities ao longo de 2014 fez o Brasil perder US$ 12,9 bilhões nas transações comerciais como outros países. De acordo com ele, se fossem praticados no ano passado os mesmo preços de 2013, apenas as vendas de minério de ferro teriam rendido ao país US$ 8 bilhões a mais, fazendo com que o Brasil registrasse superávit ao invés de déficit.

?Se os preços fossem os de 2013, apenas no minério de ferro, teríamos superávit?, disse Godinho. De acordo com ele, o Brasil exportou no ano passado cerca de 15 milhões de toneladas a mais do produto, e mesmo assim arrecadou menos. A queda no preço do minério de ferro foi provocada por aumento da produção mundial e menor demanda mundial.
fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/01/balanca-comercial-registra-em-2014-primeiro-deficit-desde-2000.html




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