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Foto: Edson Santos |
Por Altamiro BorgesInformação, especulação ou sabotagem? Desde ontem, a mídia dá como certa a nomeação do deputado e blogueiro Brizola Neto, do PDT do Rio de Janeiro, para o Ministério do Trabalho. O Globo, que nunca escondeu o seu ódio ao ex-governador Leonel Brizola e, de quebra, ao seu neto, foi o primeiro jornal a anunciar a “decisão” da presidenta Dilma Rousseff.
Em sua edição de hoje, o jornalão da famiglia Marinho reafirma o seu “furo” e acrescenta algumas informações marotas. Inimigo jurado do sindicalismo, O Globo enfatiza que “o neto de Leonel Brizola é apoiado pela CUT”, como se isso fosse um baita absurdo. O jornal também apresenta uma biografia negativa – e bastante distorcida – do jovem deputado trabalhista.
Famiglia Marinha incentiva a cizânia“Brizola Neto, que não era o preferido da cúpula do PDT e de Lupi [presidente da sigla], às vezes perde a cabeça, como em junho de 2009, na Comissão de Anistia. Na reunião da comissão que, naquele julgamento, negou o pagamento de indenização mensal de R$ 16,9 mil à sua avó materna, Doris Daudt, Brizola Neto irritou-se e xingou um conselheiro de ‘cara de pau’”, relata O Globo.
A reportagem também visa criar cizânia no PDT. Relata que o deputado votou a favor do Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp), “ao contrário do resto do partido”. Insinua que o seu voto serviu para “ganhar pontos” junto ao governo. E conclui: “A avaliação dentro do PDT e entre aliados é que será, mais uma vez, uma escolha pessoal da presidente”.
Identidade com a luta dos trabalhadoresApesar do voto no Funpresp, Brizola Neto é reconhecido e respeitado como um parlamentar identificado com as bandeiras dos trabalhadores. Ele sempre se opôs à flexibilização da CLT e defende a redução da jornada de trabalho e da valorização do salário mínimo, entre outras demandas do sindicalismo. Neste sentido, é natural que tenha obtido o apoio da CUT e também da Força Sindical.
O que causa estranheza – mas nem tanto – são as especulações da mídia sobre a sua indicação para o Ministério do Trabalho. A própria Folha reconhece também hoje que “o vazamento desta informação interrompeu as negociações... Com isso, a presidente Dilma Rousseff pode postergar a sua decisão”. Como se nota, nada é gratuito no noticiário da mídia!
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