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Cadeira inativa pode ter sido utilizada por menina, diz delegado
Gabriela é a primeira da esquerda para direita
(Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução EPTV) Uma cadeira em manutenção pode ter sido usada por Gabriela Yukari Nichimura, afirmou o delegado de Vinhedo, interior de São Paulo, Álvaro Santucci Noventa Júnior. A suspeita foi levantada pelo advogado da família, Ademar Barros, que nesta quarta-feira (29) apresentou uma foto que mostra a menina no brinquedo La Tour Eiffel antes do acidente no parque Hopi Hari na sexta-feira (24).
O delegado disse que a perícia o informou sobre a possibilidade de um assento inativo ser utilizado no fim da tarde desta quarta-feira, após uma nova vistoria feita emergencialmente no brinquedo. Até então a Polícia Civil não trabalhava com a hipótese. "A constatação muda totalmente o rumo da investigação. Fomos induzidos ao erro", afirmou Noventa Júnior. A informação incorreta sobre o assento em que a garota estava no momento do acidente foi passada por testemunhas, de acordo com ele.
"O que a gente percebe é que a Gabriela forçou a trava pra que ela abrisse, o fato acabou despercebido, em tese, pois estamos apurando. Mas passou despercebido pelos operadores com o fluxo de pessoas entrando na atração", disse Noventa Júnior.
"Segundo o depoimento do operador do parque, desde que ele opera essa atração, há oito meses, essa cadeira [utilizada pela menina] está, em tese, desativada", afirmou o delegado. Contudo, nos primeiros relatos, horas depois do acidente, funcionários do parque afirmaram que a menina não estava no assento inativo.
Questionado pelo G1 sobre a informação da polícia, o diretor do Instituto de Criminalística (IC), Nelson Patrocínio da Silva, se resume a dizer que não adiantará detalhes do laudo, que deve sair nos próximos dias.
Foto
O advogado da família entregou à polícia uma foto feita pouco antes do acidente, que mostra que Gabriela estava na cadeira da esquerda para quem se posiciona em frente do brinquedo. Na segunda-feira (27), uma equipe do IC apontou falha humana como provável causa do acidente.
Após ver a foto mostrada pela reportagem, o diretor do IC afirma que não sabe se a família posou daquela maneira apenas para a foto. "É possível se apoiar e depois sair, não sei", disse Silva.
Segundo o advogado, a menina estaria, de fato, ocupando uma cadeira que não foi periciada por que estaria "desativada para manutenção". Gomes também afirma que dois funcionários do parque teriam mentido sobre o posicionamento da menina no brinquedo na hora da queda.
O equipamento La Tour Eiffel tem capacidade para transportar 20 pessoas, mas pelo menos oito cadeiras estavam desocupadas no momento da queda da menina, segundo informações da polícia.
Pais de Gabriela Nichimura chegam na delegacia
de Vinhedo (Foto: Reprodução EPTV) Depoimentos
Nesta quarta-feira, a família de Gabriela Nichimura prestou depoimento em Vinhedo. Silmara e Armando Hoisatochi da Costa Yukari Nichimura, além da tia e de uma prima da menina, estiveram na delegacia. Contudo, o pai não falou com o delegado por conta da carga emocional, disse Gomes. O advogado afirmou ainda que ele falará em outra data, que ainda não está marcada.
Também nesta quarta, dois funcionários do parque estiveram na delegacia. O advogado dos operardores do brinquedo La Tour Eiffel, Bichir Ale Bichir, afirma que eles detectaram um problema na trava 15 minutos antes do equipamento entrar em operação e que avisaram o supervisor sobre o assunto.
Na terça-feira (28), um engenheiro de manutenção do Hopi Hari, que não teve o nome divulgado, foi ouvido pela Polícia Civil de Vinhedo. Segundo o delegado, o engenheiro descartou que houve falha mecânica no brinquedo La Tour Eiffel, onde estava a adolescente.
Durante o depoimento, que durou três horas, detalhou os procedimentos de funcionamento e manutenção do parque. O delegado também informou que cinco funcionários do parque, operadores do brinquedo, estão afastados e recebendo auxílio psicológico, e ainda não há data para prestarem depoimento.
Na tarde de sexta-feira (24), dia do acidente, a Polícia Civil ouviu três pessoas que disseram ter visto a trava do assento do brinquedo onde a garota estava abrir, entre elas a auxiliar de escritório Cátia Damasceno, que contou que o dispositivo de segurança da atração abriu na descida. "No primeiro 'tranco' da descida eu vi a trava do assento dela abrir. Só a trava dela abriu', conta a testemunha. "Depois disso, o corpo dela foi lançado para o chão", completou Cátia. Noventa Junior informou que o prazo de 30 dias para concluir as investigações deve ser estendido.
Torre
A atração na qual a garota estava é definida pelo parque como uma réplica da Torre Eiffel, um elevador de 69,5 metros de altura, com assentos que sobem a 5 metros por segundo. Os visitantes ficam parados por dois segundos na altura de um prédio de 23 andares e, em seguida, um tranco no assento e o visitante despenca em queda livre, chegando a 94 km/h.
Parque
O Hopi Hari informa em nota que, em relação aos novos fatos, o parque reitera veementemente a cooperação absoluta com todos os órgãos responsáveis na apuração definitiva do caso.
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