Retrato falado de suspeito é divulgado (Foto:
Carolina Iskandarian/G1)
Carolina Iskandarian/G1)
O delegado Mauro Dias, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), disse na tarde desta quinta-feira (25) que o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo Rezende, 21, assassinados a facadas na madrugada de terça-feira (23) em São Paulo, foram dopados antes de morrer. O crime ocorreu no apartamento de Bozola, na Rua Oscar Freire, região nobre da capital paulista.
A polícia disse que o criminoso já foi reconhecido e está sendo procurado no interior do estado. Ele já teve a prisão temporária pedida nesta quinta e os policiais divulgaram o retrato falado do rapaz, que tem 21 anos.
"Aparentemente, houve entorpecimento por parte das vítimas. Ele (o autor) é fraco, não conseguiria fazer isso sozinho se não tivesse entorpecido as vítimas?, contou Dias, em entrevista na sede do DHPP, no Centro. De acordo com ele, o suspeito estava morando de favor havia uma semana na casa do analista de sistemas e cometeu o crime porque não queria ir embora da capital.
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?Ele ficou deslumbrado com São Paulo, não queria voltar e ficou bravo porque teria que ir embora?, completou o delegado, acrescentando que na casa das vítimas form encontrados remédios de tarja preta. "Pedimos os exames toxicológicos das vítimas."
O analista de sistemas e o suspeito se conheceram em Igarapava, no interior do estado. O combinado era ele deixar o imóvel na Rua Oscar Freire na terça, mesmo dia em que os dois homens foram encontrados mortos com golpes de faca. Bozola e Rezende moravam no mesmo apartamento havia quatro meses.
É justamente na região de Igarapava que os policiais estão buscando o suspeito, que, segundo a polícia, não tem antecedentes criminais. O delegado contou que o rapaz teve sua passagem registrada em alguns pedágios da Via Anhanguera. ?Temos o registro dele no dia 23, às 2h30, e às 5h30 em São Simão, a caminho de Igarapava.? Para fazer o cerco, a polícia do estado foi mobilizada.
Escondendo provas
Para o delegado Maurício Guimarães, divisionário do DHPP, o motivo do crime ?foi banal?. Como o carro do analista de sistemas foi roubado, além de outros objetos da casa, quando for preso o assassino pode responder por latrocínio. A polícia disse ter chegado ao suspeito por meio do reconhecimento de testemunhas e da identificação dele em imagens de câmeras de segurança de uma pizzaria e de uma casa noturna onde as vítimas e o suspeito estiveram nos dias 21 e 22. ?Outras pessoas estiveram no apartamento e conheceram de vista o autor do crime?, afirmou Guimarães.
Para o delegado Maurício Guimarães, divisionário do DHPP, o motivo do crime ?foi banal?. Como o carro do analista de sistemas foi roubado, além de outros objetos da casa, quando for preso o assassino pode responder por latrocínio. A polícia disse ter chegado ao suspeito por meio do reconhecimento de testemunhas e da identificação dele em imagens de câmeras de segurança de uma pizzaria e de uma casa noturna onde as vítimas e o suspeito estiveram nos dias 21 e 22. ?Outras pessoas estiveram no apartamento e conheceram de vista o autor do crime?, afirmou Guimarães.
No entanto, o delegado Mauro Dias disse ter tido certeza de que o suspeito e o assassino eram a mesma pessoa ao analisar as imagens dos dois estabelecimentos. ?As imagens são 100% nítidas, é certeza?, afirmou ele, sobre as câmeras da pizzaria. As da boate não trouxeram imagens tão claras, segundo Dias, mas mostraram que o rapaz procurado passou por ali.
Ele contou que o suspeito usava o mesmo tênis preto na pizzaria e que estava sujo de sangue dentro do apartamento. Além disso, tentou limpar as roupas também manchadas, jogando na máquina de lavar a calça, camisa e uma toalha. Havia sangue ainda no trajeto até o veículo do analista de sistemas, que foi usado na fuga e fica na garagem do edifício.
Dias disse ainda que o modelo e o suspeito não se davam bem. "Existia uma certa desavença entre Rezende e ele. O modelo reclamou com o Eugênio que deu falta de um perfume."