O efeito da cheia dos rios chegou mais cedo neste ano para produtores rurais de municípios do interior do Amazonas.
Com a antecipação de pelo menos 15 dias no processo de subida do nível da água, dez municípios da calha dos rios Madeira e Purus estão em estado de alerta para o risco de enchente que pode afetar a produção de culturas de várzea, como banana, mandioca, melancia, juta e malva.
De acordo com o subcomando de Ações de Defesa Civil do Amazonas (Subcomadec), que nesta semana emitiu um boletim de alerta de enchente, foram identificados riscos de inundação em sete municípios: Humaitá, Manicoré, Novo Aripuana, Itacoatiara, Borba, Nova Olinda do Norte e Autazes. Outras três localidades (Boca do Acre, Guajará e Ipixuna) já foram afetados pelas inundações.
Conforme o boletim, uma chuva volumosa ocorrida no último fim de semana deve colaborar para que os rios Madeira e Purus se elevem nos próximos dias.
O rio Madeira, por exemplo, já apresenta processo de cheia acima do normal, atingindo 15,2 metros no último dia 23 de janeiro. Segundo a Defesa Civil de Rondônia, a cota de alerta de 14 metros costuma ser verificada apenas no final de fevereiro.
Segundo o titular da Subcomadec, tenente-coronel Roberto Rocha, este ano, a cheia está ocorrendo mais cedo e pode afetar vários municípios do Amazonas. ?O principal município afetado deverá ser Humaitá, na calha do rio Madeira. Essa localidade pode inclusive registrar a maior cheia já registrada para o município?, afirmou.