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CHOCOLATE, A PAIXÃO AVASSALADORA
Prometi no penúltimo domingo, e agora vai, com atraso: tudo sobre meu livro de cabeceira, provavelmente o primeiro que comprei na vida, chamado Chocolate: The Consuming Passion. Li na página da autora, Sandra Boynton, que infelizmente o livro deixou de ser publicado em 2002, depois de prestar um grande serviço à humanidade durante vinte anos. Você não faz ideia de como eu amo as ilustrações da Sandra. É bem o meu estilo de desenho ultra-fofinho, mas com ironia. Os textos do livro são divertidos também. Pra começar, ela divide as pessoas por níveis de quanto elas gostam de chocolate. Imagina que alguém faz uma pesquisa e chega pra você e pergunta: “Você gosta de chocolate?”. Uma coisa é responder “Sim, claro”. Outra é se jogar de joelhos no chão, implorando “Sim, por favor!”. Não preciso nem dizer em qual categoria me incluo. Mas existem aquelas pobres almas atormentadas que, pobrezinhas, não descobriram o sentido da vida e juram não gostar de chocolate. Pior ainda: pra não serem vistas como párias pela sociedade, elas disfarçam clamando que gostam de chocolate branco - que nem chocolate é! Vou falar aqui com todas as letras: chocolate branco é uma enganação da indústria pras pessoas que não gostam de chocolate mas não têm coragem de assumir sua bizarrice. Como Sandra diz (minha tradução): “Chocolate branco tem grande apelo entre aqueles que acham que cor e sabor interferem com a experiência da textura”. Sandra chama essa gente de “personalidade de baunilha”, um nome pra lá de adequado. Nos desenhos, esse tipinho é representado por um peru (ahn, um bicho) não muito inteligente. Tipo, quando lhe pedem pra avaliar chocolate ao leite, ele diz “é marrom”. Se é pra dar uma nota numa escala de 1 a 10 para um determinado chocolate, sua nota é “B+”. Eu sempre tive um pé atrás com chocolate branco, que como apenas quando não há chocolate conveniente por perto, e o nível de chocolate no meu sangue está tão baixo que começo a ter convulsões. Mas Sandra provou por A mais B que chocolate branco realmente não é uma boa, inclusive por ele não conter licor de chocolate (sabe, é como afirmar que K-Suco é suco de laranja natural). No livro, ela explica que chocolate branco cheira assim (ela coloca um quadradinho na página e diz pra riscar e cheirar, e é só papel. Eu sei porque já risquei e cheirei o quadradinho diversas vezes. Eu era uma adolescente, tá? Vocês também faria migual! Atire a primeira barra de chocolate branco quem não cheiraria!). Na mesma página ela coloca um outro quadradinho pra demonstrar o gosto de chocolate branco, e diz pra gente “recortar e mastigar”. Digo com orgulho que minha página do livro continua intacta. Nessa eu não caí, porque sempre fui uma adolescente precoce. Compartilho também de outras aversões da Sandra. Por exemplo, ela dá dicas de como identificar o que vem dentro dos bombons. Segundo ela, vários bombons aparecem com certos códigos, pra que o consumidor desavisado não acabe engolindo coisas nojentas como creme de amendoim (eu pessoalmente não gosto que nada se intrometa entre eu e meu chocolate). Pra identificar os bombons com nougat, ela jura que eles vêm com uma caveirinha na frente (eu como bombons com nougat quando o nível de chocolate no meu sangue está baixo e passo a ter convulsões etc). Outra sugestão que eu sigo a risca é “Como Evitar Situações Não-Chocolamentais”. A principal é: “educadamente recuse todos os convites para casamentos”. É verdade! Eu faço isso, e limito minhas idas a essas cerimônias a duas por década. Mas, queridas leitoras(es), podem me convidar que eu vou no seu casamento. É só deixar de lado o ritual estúpido de servir um bolo branco e servir um bolo de chocolate. Sério! Pra muita gente, esse é o dia mais especial na vida. E é assim que você quer lembrá-lo? Com um bolo branco sem gosto ou, até pior, com gosto de coco? Qual a graça de casar se nem nesse dia você pode se empaturrar com bolo de chocolate? Ok, agora me empolguei. Por ora vocês já têm muito chocolate for thought, quero dizer, food for thought (como se traduz este troço? Combustível para discussão?). Continuo com outras pérolas sobre meu livro de cabeceira no próximo domingo. Se o livro não for devorado antes (menos os quadradinhos que representam chocolate branco).
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