Na tarde de ontem quarta-feira, cinco pessoas foram detidas pela Polícia Militar sob suspeita de envolvimento na chacina ocorrida na noite de terça-feira (18), no povoado Boa Vista, em Alegrete do Piauí. As cinco pessoas foram levadas para a Delegacia de Fronteiras, onde prestaram depoimentos aos delegados Paulo Nogueira, da Greco, e Bruno Meyer, titular do distrito.
Conforme informações repassadas pelo coronel Wagner Torres, comandante do 4º Batalhão, e pelo tenente Gilson, comandante da Companhia de Fronteiras, durante as diligências iniciais os investigadores conseguiram apreender um cartucho de balas próximo à casa de um dos cinco detidos, bem como uma bota suja de sangue. Além disso, foram colhidas impressões digitais no local do crime.
Os cinco suspeitos detidos são familiares de George Francisco Carvalho, o professor que teria sido assassinado por Maria do Socorro Carvalho em junho deste ano, após ser citado como testemunha na morte de uma jovem identificada como Ciamara Ramos - outro homicídio no qual Maria do Socorro teria envolvimento.
Uma das hipóteses levantadas pela Polícia, portanto, é que a chacina tenha sido um crime de pistolagem encomendado como retaliação a Maria do Socorro de Carvalho, que foi assassinada com outros cinco familiares na noite de terça-feira.
Outro detalhe revelado pela Polícia na noite desta quarta-feira é que as vítimas da chacina eram parentes dos suspeitos detidos. "Nesse povoado Boa Vista, todos são da mesma linhagem. Uns são parentes mais próximos e outros mais distantes, mas têm a mesma ascendência", revela o tenente Gilson.
George Francisco era professor e monitor do programa Projovem Campo em Alegrete do Piauí e foi assassinado no dia 7 de junho deste ano com um tiro quando trafegava por uma estrada vicinal do município em uma motocicleta. O disparo atingiu o rapaz, que tinha 20 anos, na cabeça e nas costas. Seu corpo foi encontrado por populares que tentaram prestar socorro levando-o para o Centro de Saúde de Alegrete, mas George Francisco não resistiu aos ferimentos.
Maria do Socorro e o professor George Francisco de Carvalho formaram-se em Teologia em dezembro de 2014. George foi morto em junho deste ano, segundo a PM, a mando de Maria do Socorro, porque sabia do seu envolvimento no assassinato da jovem Ciamara. Agora, a Polícia acredita que a chacina que vitimou Maria do Socorro e sua família foi encomendada por parentes de George.
Com informações do O Dia