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Coletivo de jornalistas "Amigos de Cuba"
Por Amanda Cotrim, na revista Caros Amigos:Em uma noite de dezembro, aconteceu o lançamento do Coletivo de Jornalistas Brasileiros Amigos de Cuba, no auditório Vladimir Herzog, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O projeto é uma iniciativa do Consulado de Cuba na capital paulista, e tem como principal objetivo ser um espaço de produção e divulgação de conteúdo relevante sobre a ilha no Caribe. “Além disso, queremos promover a amizade entre os profissionais de imprensa, estreitar os laços culturais dos dois países e realizar intercâmbios culturais”, explicou a consuleza para assuntos de imprensa de Cuba, em São Paulo, Ivette Martínez. Ela conversou com a reportagem da Caros Amigos e explicou o projeto.
Como e quando surgiu a ideia em criar um Coletivo de Jornalistas Amigos de Cuba?A ideia surgiu numa conversa com o jornalista Vitor Ribeiro, secretário Jurídico do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, que viajou a Cuba em maio de 2015 e voltou com muitos desejos de contribuir na divulgação de Cuba no Brasil, principalmente temas desconhecidos do povo brasileiro. Eu acolhi a iniciativa com muito ânimo porque durante os três anos do meu trabalho no escritório de imprensa do Consulado de Cuba, em São Paulo, me relacionei com jornalistas que são verdadeiros amigos de Cuba e que sistematicamente tentam colocar na opinião publica brasileira um olhar diferente às opiniões geralmente tendenciosas da grande mídia.
Como se deu a escolha do nome desse Coletivo?
O nome é Coletivo de Jornalistas e Comunicadores Amigos de Cuba. A escolha se deu para que o Coletivo não fosse limitado a jornalistas profissionais. Na maioria das vezes, Cuba chega ao público brasileiro principalmente por meio da imprensa alternativa, dos blogs e ativistas digitais, então quisemos contemplar essas pessoas. O Coletivo está nas redes sociais e terá um blog, que se chamará “Olhando para Cuba”, no qual os membros do Coletivo publicarão reportagens sobre Cuba.
Quem participará, inicialmente, desse Coletivo?
No Coletivo poderão se inscrever jornalistas, comunicadores, blogueiros, ativistas digitais e todo o pessoal comprometido em divulgar a realidade cubana, com objetividade, seriedade e respeito. Embora o lançamento tenha ocorrido em São Paulo, o Coletivo tem um representante em cada estado do Brasil responsável pela integralidade dos membros e a incorporação de novos jornalistas em cada localidade. Na página do Coletivo no Facebook está publicada a Ata de formalização com os nomes dos primeiros 50 jornalistas que aderiram entre eles, o escritor e jornalista muito amigo de Cuba, Fernando Moraes, quem foi nomeado Membro Honorário do Coletivo.
Qual é o objetivo do Consulado de Cuba em apoiar esse projeto?
O escritório de imprensa do Consulado Geral de Cuba em São Paulo apoiará o “Coletivo de Jornalistas e Comunicadores Brasileiro Amigos de Cuba” com o objetivo de fornecer sistematicamente informações sobre a conjuntura política, econômica, social e cultural de Cuba. Também promoverá intercâmbios com homólogos cubanos e com a União de Jornalistas e Escritores de Cuba, visando a propiciar debates sobre temas da atualidade cubana.
Qual é a importância desse coletivo para Cuba?
É muito importante para Cuba porque o funcionamento do Coletivo permitirá combater a barreira midiática que Cuba enfrenta na grande imprensa brasileira. Acreditamos que o blog do Coletivo será uma boa fonte de informação, inclusive para a grande imprensa no Brasil. Os fatos e acontecimentos em Cuba ganharão espaço para a reflexão nos blogs, nas redes sociais e na mídia alternativa. Acreditamos que se divulgarmos, com honestidade e objetividade, o que acontece em Cuba, a imagem da Ilha no Brasil pode mudar.Também gostaria de destacar que há temas nos quais Cuba precisa de apoio dos jornalistas para que se conheça o verdadeiro trabalho que a Ilha faz, por exemplo: na defensa e respeito dos Direitos Humanos de cada cidadão cubano, a prioridade do governo para manter as conquistas da Revolução em matéria de educação, saúde, desenvolvimento biotecnológico, a igualdade de gênero etc.
Também precisamos falar sobre o bloqueio econômico e comercial imposto pelos Estados Unidos ao povo cubano. Precisamos de denúncias sistemáticas nesse sentido. Não é porque houve o reatamento das relações diplomáticas com os EUA e houve flexibilização no bloqueio. Ele segue intacto, aplicando-se com tudo rigor. O bloqueio é, hoje, o principal obstáculo para o desenvolvimento econômico de Cuba, isso tem que ser denunciado dia a dia, até que o Congresso norte-americano acabe com o bloqueio.
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