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CRISE EM SJC: GM vai levar o último carro feito no MVA para Argentina
A General Motors reduziu a produção do Classic, na planta de São José dos Campos, de 5.600 unidades por mês para 3.000, em 2012.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a montadora quer encerrar a fabricação do modelo na cidade, com o fechamento definitivo da linha de produção MVA, e levar o carro para a planta de Rosário, na Argentina.
Os trabalhadores argentinos, ainda segundo o sindicato, já trabalhariam com parte da produção retirada de São José --a planta de São Caetano do Sul da GM não teria mais capacidade para absorver a produção. A empresa não confirma.
A retirada do Classic de São José tornaria irreversível a demissão de 1.500 trabalhadores da fábrica.
Destes, 779 estão com o contrato de trabalho suspenso desde 27 de agosto do ano passado. O prazo do ?layoff? termina no dia 26 deste mês, data da suposta demissão em massa.
Em agosto de 2012, quando anunciou a suspensão dos contratos, a GM informou que contava com um excedente de 1.840 trabalhadores na planta de São José.
Deste total, desde então, 340 já teriam saído no PDV (Programa de Demissão Voluntária) aberto pela montadora.
Manifestação. O Sindicato dos Metalúrgicos programa manifestações na cidade para tentar reverter a demissão em massa.
Na próxima quinta-feira, os sindicalistas farão uma assembleia com os trabalhadores em layoff e tentarão uma reunião com o prefeito Carlinhos Almeida (PT).
Para Antônio Ferreira de Barros, o ?Macapá?, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, se não houver resistência, a demissão será irreversível.
?Em todas as reuniões que tivemos, a posição da GM tem sido sempre a mesma. De fechar o MVA e levar a produção do Classic para Argentina, demitindo trabalhadores em São José. Ela não mudou nada até agora. A gente é que tem que lutar contra.?
Reunião. Ontem, o sindicato protocolou um ofício no Paço Municipal pedindo uma reunião com o prefeito para a próxima quinta-feira.
O pedido foi confirmado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Sebastião Cavali, que também admitiu conceder benefícios à montadora para evitar as demissões.
A ideia do sindicato é envolver Carlinhos na defesa dos empregos na GM antes da próxima reunião com a montadora, marcada para 16 de janeiro.
?Queremos ser recebidos pelo prefeito e que ele cumpra o compromisso que assumiu na porta da fábrica, quando estava de campanha, que é o de lutar pela manutenção dos empregos na cidade?, disse.
Outro lado. Atualmente, a GM mantém 7.500 funcionários em São José. Eles produzem as novas S-10 e Blazer, o Classic e motores. A montadora não comenta o assunto.
Secretário admite benefício fiscal
São José dos Campos
O secretário de Desenvolvimento Econômico de São José dos Campos, Sebastião Gilberti Maia Cavali, admitiu que a administração pode oferecer benefícios para a General Motors na tentativa de evitar demissões na cidade.
Hoje, cerca de 1.500 trabalhadores são considerados excedentes pela montadora.
Cavali, que deve participar de uma reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o prefeito Carlinhos Almeida (PT), disse ontem que a situação da montadora preocupa a prefeitura. Porém, ele não informou quais benefícios poderiam ser concedidos à empresa.
?Estamos dispostos a ajudar no que estiver ao nosso alcance para evitar as demissões, incluindo benefícios.?
Encontro. Cavali confirmou ontem o pedido de reunião feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos e disse que a intenção da prefeitura é ouvir as reivindicações dos sindicalistas ?o mais rápido possível?.
O sindicato tenta um encontro com Carlinhos para a próxima quinta-feira.
?A data vai depender da agenda do prefeito?, informou o secretário. http://www.ovale.com.br/nossa-regi-o/gm-vai-levar-o-ultimo-carro-feito-no-mva-para-argentina-1.366903
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