CRISE EM SJC: Hoje o dia D
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CRISE EM SJC: Hoje o dia D


Reunião entre representantes da GM e do Sindicato dos Metalúrgicos. Foto: Marcelo Caltabiano Reunião a partir das 10h de hoje na sede do Ciesp é decisiva: com um acordo, 1.598 garantem seus empregos; já um fracasso pode representar o fechamento do complexo da montadora no município
Vivian Zwaricz
São José dos Campos


Hoje é tudo ou nada. A General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José se reúnem hoje, às 10h, para definir o destino de 1.598 funcionários considerados excedentes e o futuro da fábrica na cidade, que pode fechar em pouco tempo se não houver acordo de novos investimentos.

Entre os itens que envolvem o impasse está a troca da hora extra pelo banco de horas, como quer a montadora. A planta de São José é a única que ainda não aderiu ao sistema no país, segundo a empresa.
Funcionários que estão afastados em layoff desde o ano passado disseram ontem que concordam em abrir mão da hora extra em troca da garantia do emprego (leia texto nesta página).
Aparecido Inácio da Silva, o ?Cidão?, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, onde fica a maior fábrica da GM no país, disse que é preciso buscar um equilíbrio.
?Nesse caso, vale a pena abrir mão da hora extra, afinal, você pode flexibilizar aqui e ganhar em outro, é uma questão de entendimento. Porque capital não tem coração?, disse ele.
Segundo Cidão, em São Caetano, o esquema de banco de horas funciona de acordo com o nível de produção. Quando há queda, as horas ficam acumuladas até o reaquecimento do mercado, quando voltam a ser pagas de forma gradativa.
?A vantagem do banco de horas é que dá para diminuir a produção sem fazer demissão?, afirmou Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da General Motors, em entrevista na quinta-feira.

Contraproposta.
Na última reunião, na quarta-feira, o sindicato de São José se comprometeu a avaliar a contraproposta da empresa.
?Não vamos medir esforços e estamos dispostos a fazer jornada flexível com a empresa. Mas isso não significa banco de horas?, disse Antônio Ferreira de Barros, o ?Macapá?, presidente do sindicato.

Custos.
Moan deixou bem claro que precisa reduzir custos na planta do município para voltar a negociar novos investimentos. Somente assim, segundo ele, a fábrica da cidade voltará a ser competitiva no mercado automotivo.
?Estamos lutando para manter o grau de investimento em São José. Mas é um jogo de ganha a ganha?, afirmou o diretor anteontem.
Na tentativa de um acordo, o sindicato também propôs nova grade salarial que passaria de R$ 3.100 para R$ 1.840 para novos operários. A GM rebate dizendo que o piso da categoria é de R$ 1.717 (veja quadro).

Expectativa.
O resultado final da reunião deve ser divulgado no fim da tarde de hoje. O encontro vai acontecer no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São José.
Participarão da mesa de negociação, além de empresa e sindicato, o prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), e Manoel Messias, representante do Ministério do Trabalho.


Afastados sonham com retorno à empresa

São José dos Campos

Diante do ?fantasma? do desemprego, funcionários em layoff garantem abrir mão da hora extra e aceitar o banco de horas para assegurar o trabalho na GM de São José.

Há 21 anos trabalhando na linha de montagem da empresa e com o contrato suspenso há cinco meses, Soraia Aparecida Lopes Ribeiro, 47 anos, sonha em voltar a produzir na próxima segunda-feira.
?São muitos anos, muito esforço para jogar fora. Acho que o sindicato deve abrir mão da hora extra pela garantia do nosso emprego?, disse ela.
Ansiosa, Soraia vai aguardar o resultado final da reunião em frente ao Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), na região central da cidade. ?Espero boas notícias. É só o que espero.?
A sensação de angústia também afetou a família de Renato de Paula Santos, 33 anos, há oito como operador de utilidades na GM.
?É ruim, mexe com o emocional de toda a família. Há cinco meses deixamos de fazer planos. Para voltar a trabalhar em paz e com garantia, eu concordo com o banco de horas, afinal as outras empresas já funcionam assim. É preciso ceder?, disse ele.
A expectativa de Santos também é voltar ao trabalho na segunda-feira. Para ele, a segurança do emprego somada aos benefícios que a montadora oferece aos funcionários valem o acordo de hoje.


http://www.ovale.com.br/nossa-regi-o/dia-d-gm-e-sindicato-decidem-hoje-futuro-da-planta-de-s-jose-1.374370 




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