Por Luciana Taddeo, de Buenos Aires, no sítio Opera Mundi:Apesar de a nova lei eleitoral argentina impedir a divulgação de resultados de boca de urna até o início da apuração dos votos, previsto para as 21h deste domingo (14/08), grande parte da imprensa argentina anunciou, às 18h, que a atual presidente do país, Cristina Kirchner, obteve a maioria dos sufrágios nas eleições primárias para presidente.
O anúncio foi feito, no entanto, num momento em que ainda há filas de pessoas esperando a vez de votar. Os resultados de boca de urna anunciados por veículos como o jornal Clarín, o site Infobae e canais de notícias como o C5N, que noticiaram que a atual mandatária teria obtido mais de 45% dos votos, cerca de 30 pontos percentuais mais que segundo colocado, o ex-presidente Eduardo Duhalde, que concorre pela Frente Popular.
O candidato Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente homônimo que compete pela UCR (União Cívica radical), seria o terceiro entre os mais votados. Resultados de candidatos como o socialista Hermes Binner (Frente Ampla Progressista), Rodríguez Saá (Compromiso Federal) e Elisa Carrió (Coalizão Cívica), no entanto, não foram estimados.
A maioria dos pré-candidatos a presidente, no entanto, pediu à imprensa mais prudência no anúncio de resultados, afirmando que não trabalharão com números e não se pronunciarão sobre a possibilidade de alianças políticas para as eleições de 23 de outubro até a divulgação dos dados oficiais. Segundo o ministro de Interior da Argentina, Florencio Randazzo, os primeiros resultados oficiais devem ser divulgados a partir das 21h deste domingo.
Eleições inéditas De acordo com a nova lei eleitoral, aprovada pelo senado argentino em 2009, os candidatos de cada partido devem ser definidos mediante uma votação primária obrigatória, realizada 90 dias antes das eleições oficiais, por todos os eleitores registrados, afiliados ou não a partidos. Somente poderão votar em outubro os eleitores que comparecerem nas primarias abertas obrigatórias.
Em discurso feito após o final da jornada de eleição, o ministro de Interior argentino, Florencio Randazzo, afirmou que a realização das primeiras eleições Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO) “deixa para trás a cultura em que os candidatos eram escolhidos a dedo, pela burocracia partidária e por uma minoria afiliada. Esta mudança possibilita uma democracia mais participativa”.
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