CRÍTICA: ERAGON / O épico do dragão
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CRÍTICA: ERAGON / O épico do dragão


Depois do filme do pingüim, chega aqui o do dragão. O nome é fácil: “Eragon”, ou Eragão e seu dragão. E sei que mereço ser linchada por isso, mas até gostei. Os críticos americanos odiaram. Não entendo bem porque amam produtos similares, como “Senhor dos Anéis” e “Guerra nas Estrelas”, e viram a cara pra “Eragon”. Meu chute é que eles têm laços emocionais com os clássicos juvenis que leram ou viram quando eram crianças. E “Eragon” não tem tradição nenhuma. Bom, eu prefiro toda vida dragões a anéis. Ainda que o protagonista seja um pouco frodento demais pro meu gosto, ao menos nesta saga dragonística elfos são apenas mencionados. E eu não dormi.

A trama se passa num reino distante comandado por um tirano, o John Malkovich. Ele começa reclamando que sente falta de sua pedra, roubada por alguma princesa rebelde aliada aos lutadores da liberdade ou algo assim. Será que as pet rocks já existiam na Idade Média? (lembra, né, das pedrinhas de estimação? Ou você não viveu os anos 80?). Mas aquela jujuba azul gigante não é uma pedra preciosa, é um ovo. E de dentro nascerá um pequeno réptil, que é até fofinho ao sair da casca, mas à medida que cresce, “fofo” não é um adjetivo que se aplicará a ele. Parece mais saído de “Parque dos Dinossauros”. A gente aprende que um dragão só nasce pro seu futuro cavaleiro. Se o cavaleiro morre, o dragão caput, morre também. Ou seja, um dragão é muito fiel e só permite ser montado pelo seu mestre. A frase está repleta de duplo sentido, mas a culpa não é minha. É do dragão! O pobre réptil tinha várias almas pra escolher como cavaleiro, e escolhe logo o novato e inexpressivo ator loiro Edward Speleers. Como o rapaz é imprudente e doido de vontade de salvar o mundo, imagino que o dragão tenha pensado mais de uma vez, “Onde é que fui amarrar meu burro?”.

Crente que o maridão saberia alguma coisa sobre dragões, só porque ele viu “História sem Fim”, perguntei pra ele se todo santo dragão voa. Ele respondeu: “Não, claro que não. E nem todo dragão tem asa. Mas eu já vi dragão sem asa voando”. Apesar do meu intelecto privilegiado, é difícil acompanhar esse raciocínio torpe, então tive que interromper: “Amor, deixa eu recapitular minha pergunta: se até dragão sem asa voa, todo dragão voa?”. Mas ele se embananou mais uma vez e achei que a conversa estava se parecendo muito com minhas dúvidas sobre baratas (“toda barata voa?”), e frente à indecisão dele, decidi encerrar o assunto.

Logo chega o Jeremy Irons pra ajudar. E aqui surgiram meus desapontamentos iniciais com o dragão. Pra começar ele tem a voz da Rachel Weisz (“Jardineiro Fiel”). Mas é daquelas vozes recheadas de razão e sabedoria, um porre de ouvir. E depois que ele não topa carregar muito peso. Com todo aquele tamanhão e aquelas asas, ele não consegue levar o rapaz, o Jeremy e uma moça que não deve pesar nem quarenta quilos? Tinha esperanças que ele resolvesse o problema do transporte coletivo que certamente já existia na Idade Média. Opa, eu disse Idade Média? Olha, parece com a Idade Média, todo mundo se veste como na Idade Média, tem reis e camponeses como na Idade Média, mas não é a Idade Média. É um mundo de fantasia, como o dos “Anéis”. Inclusive todo mundo tem nome estranho como Brom, Zurda e Galbatorix. O dragão em si se chama Safira. Qual o feminino de dragão? É draga? Até perguntaria pro maridão expert em dragões se todos os dragões são fêmeas, mas depois da divagação sobre capacidade de vôo, desisti.

Outro ponto que não entendo é por que dragão é sinônimo de mulher feia. Por falar em feiosos, gostei do Robert Carlyle (o psicopata de “Trainspotting”) como Espectro. Já o John Malkovich tem pouquíssimo destaque aqui, mas ele deve ser o vilão-mor na seqüência. Sim, é lógico que vai haver continuação, se o respeitável público comparecer. Também adorei como o Eragon aprende vocábulos élficos com extrema facilidade. Como professora de inglês, posso dizer que é o um sonho ensinar uma palavra desconhecida apenas uma vez e o aluninho sair repetindo-a por aí perfeitamente. Na vida real, isso só acontece quando se trata de um palavrão. Mas sabe como é: na Idade Média que não é Idade Média, até os dragões falam elfês.





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