Geral
Dança dos nomes - EDITORIAL FOLHA DE SP
FOLHA DE SP - 23/01
Sempre que se fala sobre reforma ministerial no governo Dilma Rousseff (PT) --e mesmo quando o tema não está na berlinda--, renovam-se as expectativas de que possa haver melhorias no relacionamento político entre o Executivo e sua base parlamentar.
O problema é antigo. Se tomada a Secretaria de Relações Institucionais como seu epicentro, as dificuldades da ministra Ideli Salvatti não apresentam originalidade em relação às que, no governo Lula, atormentaram José Múcio Monteiro ou Walfrido dos Mares Guia.
Dada como certa, a nomeação de Aloizio Mercadante para a chefia da Casa Civil parece estimular os comentários de que, por meio desse importante quadro do PT, fortaleça-se a interlocução entre o mundo partidário e o Planalto.
Tanto é assim que se atribui a essa indicação o relativo esvaziamento das funções da pasta encarregada das articulações com aliados. O papel de Ideli, entretanto, parecia instável já antes disso, quando eram ambíguas as fronteiras entre suas atribuições e as da ministra Gleisi Hoffmann, a quem Mercadante deve substituir.
Que esperar dessa dança de nomes? À falta de personalidades mais fortes nas fileiras petistas --como eram, para mal de seus pecados, os ministros José Dirceu e Antonio Palocci--, surge o momento de Mercadante expor-se ao maior desafio de sua carreira política --após ter sobrevivido ao episódio dos "aloprados", às vésperas das eleições de 2006.
Estará à altura da tarefa? Sua formação de economista e trajetória de parlamentar autoriza um otimismo que sua atitude contraditória em escândalos envolvendo o PMDB não confirma.
A questão ultrapassa, porém, a avaliação pessoal. A desarticulação entre o Executivo e o Congresso se deve a fatores de outra natureza. O estilo centralizador da presidente Dilma combinou-se com uma conjuntura em que aumentam as restrições ao Orçamento.
Soma-se a isso o fato de que, tal como no mandato de seu antecessor, Dilma encontra uma base parlamentar heterogênea do ponto de vista programático e assolada por interesses fisiológicos.
Sem projetos definidos, capazes de concentrar em reformas fundamentais o foco de sua atuação, o governo se desgasta em atritos, crises e insubordinações paroquiais. Casa Civil, Relações Institucionais e a própria Presidência se perdem nesse processo.
Nesse contexto, a experiência de Aloizio Mercadante, a quem não se negam as virtudes da flexibilidade, sofrerá um duro teste.
-
Mercadante 2018 - Denise Rothenburg
CORREIO BRAZILIENSE - 21/12 Há quem vislumbre a possível transferência de Aloizio Mercadante da Educação para a Casa Civil como um nome a ser incluído nas possibilidades de aposta do PT de São Paulo no quesito candidato a presidente da República....
-
Terra De Cegos - Vera MagalhÃes
FOLHA DE SP - 09/07 SÃO PAULO - É senso comum nos meios políticos e empresariais que Dilma Rousseff precisa promover mudanças em seu primeiro escalão para demonstrar que tem ferramentas para retomar a confiança nos rumos da economia e o comando...
-
A Recordista - Denise Rothenburg
CORREIO BRAZILIENSE - 12/06 O segredo da longevidade de Ideli Salvatti no cargo não é fazer o que os políticos desejam e sim o que determina a presidente da República Nestes dois anos e meio de governo são fartas as reclamações sobre a ausência...
-
Dilma Arma O Jogo - Denise Rothenburg
CORREIO BRAZILIENSE - 07/06O governo mapeia os ministros candidatos em 2014 e usará essa reforma no ano que vem para amarrar as alianças eleitorais de Dilma RousseffCom o processo eleitoral antecipado, a presidente Dilma Rousseff leva o governo de olho...
-
Unanimidade - Ilimar Franco
O GLOBO - 26/05 O desconforto se alastra na base aliada. As escaramuças nas votações da MP dos Portos e da reforma do ICMS são apenas sintomas. Os líderes governistas reclamam da falta de diálogo com a presidente Dilma. As queixas de dirigentes...
Geral