Delação premiada: Ciro Nogueira é um dos citados por ex-diretor da Petrobras
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Delação premiada: Ciro Nogueira é um dos citados por ex-diretor da Petrobras


    Em depoimento à PF, Paulo Roberto Costa dá detalhes do esquema de lavagem de dinheiro na estatal, e cita nomes de políticos que estariam envolvidos.

Reportagem da edição da revista Veja que começa a circular neste sábado (6) traz alguns dos nomes de políticos que estariam envolvidos no mega esquema de corrupção por meio do qual foram desviados dezenas de milhões de reais em recursos públicos através de contratos realizados pela Petrobras com grandes empresas.
Sergio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente da Câmara Federal, Edison Lobão (PMDB), ministro de Minas e Energia, e o senador piauiense Ciro Nogueira (PP) estariam entre os nomes que foram citados pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa. 
O ex-gestor da estatal foi preso pela Polícia Federal em março deste ano, acusado de participar do esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef. Há cerca de duas semanas, ele vem sendo interrogado por delegados da PF e por procuradores da República, e já teria dado detalhes importantes sobre o esquema de corrupção na Petrobras engendrado durante os governos da presidenta Dilma Rousseff (PT) e também do ex-presidente Lula (PT).
Paulo Roberto revelou, por exemplo, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram agremiações partidárias e políticos de diferentes siglas da base aliada do governo petista. O esquema funcionaria como uma espécie de "continuação do Mensalão", com a finalidade de manter o apoio dos partidos ao governo do PT.
Na relação de políticos citados por Paulo Roberto Costa, constam também os nomes do senador Romero Jucá (PMDB-RR), dos deputados federais Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC), e do ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte (PP).
O tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, foi apontado como o responsável por fazer a ponte entre a sigla e o esquema de corrupção articulado pelo doleiro Alberto Youssef. 
Pasadena - No depoimento bombástico à PF e ao Ministério Público, Paulo Roberto Costa também teria confirmado que a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras foi fraudulenta e serviu para alimentar o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. 
Conforme relatório do Tribunal de Contas da União, a compra da refinaria causou um prejuízo estimado em cerca de US$ 1 bilhão à estatal.
Crise nas campanhas 
O vazamento das primeiras informações fornecidas pelo ex-diretor da Petrobras durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal faz surgir uma grave crise na campanha de reeleição da presidente Dilma, que pode ser abalada de forma irreversível por mais este escândalo de corrupção no governo.
Ainda na noite desta sexta-feira, a própria presidente teria participado de reuniões com assessores e com o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, para avaliar o impacto que a divulgação de detalhes do esquema de corrupção  na Petrobras pode causar à sua candidatura.
Mas a repercussão dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras na mídia nacional não provocou crise apenas na campanha da presidenta Dilma. No PSB o clima também é de tensão, tendo em vista que, segundo a reportagem de Veja, Paulo Roberto Costa também teria citado o nome do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que era o candidato à Presidência pelo PSB até o dia 13 de agosto, quando foi fatalmente vitimado num acidente aéreo em Santos (SP).
As informações divulgadas inicialmente, contudo, apontavam o envolvimento de políticos filiados a apenas cinco agremiações partidárias - PT, PMDB, PP, PR e PTB. 
Repórter: Lídia Brito





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