Depois da luta - EDITORIAL FOLHA DE SP
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FOLHA DE SP - 18/10

Congresso dos EUA aprova acordo temporário para evitar o calote de dívidas do país, após batalha em que republicanos são derrotados


Embora o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha dito que não houve vencedores no cabo de guerra com a corda da dívida pública americana, é inevitável constatar que os republicanos saíram derrotados do episódio.

A aprovação do Partido Republicano caiu para 28%, a menor da história recente, e 53% dos americanos culparam a legenda pelo fechamento do governo, contra 31% que o atribuíam a Obama.

Nas mais de duas semanas de impasse sobre a dívida (hoje em US$ 16,7 trilhões, contra um PIB de US$ 16,2 trilhões), o governo dos EUA ficou paralisado. Sem ter aprovado o Orçamento no início do mês, quando começa o ano fiscal do país, não conseguia arcar com uma série de despesas ordinárias.

Ainda pior, se até ontem o governo não obtivesse do Congresso autorização para contrair novos empréstimos, os EUA precisariam dar o calote em diversas dívidas. À luz de seu papel central no sistema financeiro internacional, seria uma tormenta mundial.

Anteontem, felizmente, os congressistas chegaram a um acordo provisório, com elevação temporária do teto da dívida, que precisará ser renegociada até 7 de fevereiro. Por enquanto o governo voltará a funcionar, e o Orçamento deverá ser votado em dezembro.

A questão orçamentária é das mais controversas, pois vai ao âmago da tradição americana de preocupação com o tamanho do Estado. Embora o governo já tenha fechado 18 vezes desde 1976, o Congresso sempre aprovava o aumento do limite da dívida.

A novidade --a ameaça de calote-- surgiu nos últimos anos, sobretudo pela reação dos ultraconservadores do Tea Party ao programa de saúde aprovado em 2010, sob patrocínio de Obama.

O primeiro embate sério deu-se em 2011, quando o deficit público estava perto de 8% do PIB. Como o endividamento acelerava (a dívida bruta cresceu 61% de 2008 a 2012), era premente um acordo para aumentar receitas e limitar despesas.

A solução foi intermediária: elevou-se o limite, em troca de um prazo para negociar a redução do deficit. Caso isso não ocorresse, haveria o "sequestro" automático de despesas a partir de 2013.

Nos últimos dois anos, o deficit público caiu para 4,5% do PIB, mas a contenção de gastos subtraiu quase dois pontos percentuais do crescimento da economia americana --que, ainda assim, deve avançar perto de 2% neste ano.

Espera-se que, até 2015, o deficit caia para 2% do PIB, em um contexto de aceleração do crescimento, sem que sejam necessárias novas medidas. Do ponto de vista econômico, o pior momento passou.

Quanto ao Congresso, com o pêndulo de poder do lado de Barack Obama, é plausível esperar que, sem o mesmo acirramento, o país chegue a um acordo de longo prazo capaz de acomodar interesses democratas e republicanos.




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